Apesar de representar uma queda de 36% em relação ao mesmo trimestre de 2018, o resultado reverte o prejuízo de R$ 871 milhões registrado no terceiro trimestre, o que a companhia atribuiu a uma “melhora no resultado operacional, além da reversão de provisões de baixa de IR diferido”.
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O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,58 bilhão no último trimestre de 2019, acréscimo de 1% tanto ano a ano quanto frente aos três meses anteriores. A previsão de analistas era de R$ 1,675 bilhão. A margem Ebitda ajustada foi de 23,6%, contra 24,7% um ano antes e 25,1% no terceiro trimestre.
As vendas de aço totalizaram 1,12 milhão de toneladas de outubro a dezembro do ano passado, queda anual de 5%, mas acréscimo de 4% em relação ao trimestre anterior. No mercado interno, houve queda de 2% ano a ano, mas elevação de 9% na base trimestral, para 819 mil toneladas.
A CSN disse que o Ebitda ajustado da divisão de siderurgia ficou em R$ 177 milhões, de R$ 594 milhões um ano antes, ainda impactado pela parada do alto-forno número 3 da usina da companhia em Volta Redonda (RJ). Frente ao terceiro trimestre, houve alta de 68%. “Os ganhos de eficiência esperados após a parada programada do AF#3 serão observados em 2020, com o retorno da rentabilidade da unidade de negócio a seu padrão histórico”, disse a companhia.
O custo de produção da placa atingiu R$ 1.978 por tonelada, 9% abaixo dos três meses anteriores, “reflexo da retomada da produtividade do AF#3 e maior eficiência no mix de placas de terceiros e produzidas”.
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“Acredito que custos de siderurgia devem continuar melhorando no primeiro trimestre de 2020, mas acho que a demanda ainda precisa mostrar sinais mais claros de ‘pick up’ para que os aumentos de preço pretendidos sejam de fato bem sucedidos”, destacou o analista Daniel Sasson, do Itaú BBA, em comentário a clientes, no qual considerou os resultados da CSN bons.
O Ebitda do segmento de mineração atingiu R$ 1,29 bilhão, terceiro melhor da série, mesmo com a queda de 13% do índice Platts 62%, afirmou a empresa. Um ano antes o Ebitda havia sido de R$ 835 milhões, enquanto no terceiro trimestre de 2019 somou R$ 1,35 bilhão.
A receita líquida totalizou R$ 6,52 bilhões de outubro a dezembro de 2019, aumento de 8% frente ao quarto trimestre do exercício anterior e de 9% frente aos três meses anteriores.
A companhia informou que o fluxo de caixa livre no quarto trimestre alcançou R$ 1,10 bilhão, influenciado positivamente pela recuperação no capital de giro, que caiu para R$ 1,45 bilhão.
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A exposição cambial líquida da empresa somava US$ 1,1 bilhão no final do ano passado, valor que caía para US$ 116 milhões se excluídos os bonds perpétuos da companhia.
Em 2019, o lucro líquido da CSN chegou a R$ 2,245 bilhões, queda de 57% em relação a 2018, enquanto o Ebitda ajustado aumentou 24%, para R$ 7,251 bilhões.
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