Um em cada cinco trabalhadores britânicos pode ser afastado do trabalho no pico do coronavírus

3 de março de 2020
ReproduçãoForbes

Atualmente, existem 51 casos confirmados de coronavírus no Reino Unido, e 13.500 pessoas foram testadas

Até um em cada cinco trabalhadores no Reino Unido pode estar impedido de trabalhar no auge de uma epidemia de Covid-19, alertou o governo britânico, ao publicar seus planos para combater a propagação da doença que agora se espalhou para 70 países.

“Como os dados ainda estão surgindo, não temos certeza do impacto de um surto nos negócios. Em um cenário de expansão, é possível que até um quinto dos funcionários esteja ausente do trabalho durante as semanas de pico”, lê o plano de 31 páginas, publicado pelo governo britânico.

Atualmente, existem 51 casos confirmados de coronavírus no Reino Unido, e 13.500 pessoas foram testadas. Os planos descrevem o que o governo britânico faria no pior cenário.

Se a doença se espalhar no Reino Unido, o governo incentivará mais pessoas a trabalhar em casa, pedir o fechamento de escolas e desencorajar grandes reuniões públicas, como partidas de futebol.

O primeiro-ministro Boris Johnson disse em uma coletiva de imprensa sobre o coronavírus hoje (3): “Quero enfatizar, nesta fase, para a grande maioria das pessoas neste país, que deveríamos tratar dos nossos negócios como de costume”.

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A extensão total do surto ainda não é conhecida –embora o primeiro conjunto de casos tenha sido relatado em Wuhan, China, a doença se espalhou para cerca de 70 países, e a OMS alertou que oito vezes mais casos foram registrados fora da China do que no país ontem.

Nos EUA, o número de casos superou 100 em uma dúzia de estados e seis mortes. O comissário da FDA, Stephen Hahn, disse que até 1 milhão de pessoas poderão fazer o teste de coronavírus até o final da semana. No Brasil, há dois casos confirmados até o momento.

Os ministros das finanças do G7, um clube de sete das economias mais desenvolvidas do mundo, pretendem discutir o impacto do coronavírus. Os mercados de ações subiram com a esperança de que o G7 e os bancos centrais pudessem revelar medidas para amenizar o impacto do covid-19 na economia global. O governador do Banco da Inglaterra, Mark Carney, alertou que o surto poderia ter um impacto “grande”, mas “temporário” na economia britânica.

A propagação da doença, que infectou 90 mil pessoas e matou mais de 3.000 em todo o mundo, forçou empresas internacionais a implementar trabalho de casa em larga escala. Na última ação, a equipe do Twitter em Hong Kong, Japão e Coreia do Sul foi instruída a fazer home office, enquanto o restante de seus 5.000 funcionários em todo o mundo foi fortemente incentivado a trabalhar remotamente. O Facebook e o Google instituíram políticas de trabalho de casa temporárias para funcionários das áreas afetadas, particularmente na China, o centro do surto, onde milhões de pessoas estão presas desde janeiro. A disseminação global do coronavírus fez com que o Facebook e o Twitter saíssem do festival SXSW, enquanto grandes conferências internacionais, como o Salão Automóvel de Genebra e o Mobile World Congress, foram canceladas.

O mundo espera saber se a Olimpíada de 2020 em Tóquio será adiada. O responsável pelo evento no Japão, Seiko Hashimoto, diz que tudo está sendo feito para garantir que os jogos prossigam conforme planejado de 24 de julho a 9 de agosto, mas sugeriu que há espaço para adiamento até o final do ano.

O Papa Francisco testou negativo para coronavírus. O pontífice foi testado depois que um resfriado o forçou a cancelar o retiro anual da Quaresma pela primeira vez.

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