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Enquanto sobravam festividades, ainda havia trabalho a ser feito. No domingo (17), os chefs Joan Roca, Gaggan Anand, Eneko Atxa, Dan Barber, Paul Pairet, Christina Tosi e Clare Smyth – vencedora da categoria Melhor Chef Mulher do Mundo -, subiram ao palco do Basque Culinary Center, em Donostia, para participar de uma série de palestras e discussões sobre questões como sustentabilidade e a presença feminina na indústria. No dia seguinte, os renomados chefs Massimo Bottura e Alain Passard, a artista Joana Vasconcelos e o arquiteto Giulio Cappellini reuniram-se no Museu Guggenheim, em Bilbao, e conversaram sobre como a comida e a arte se entrelaçam.
O Noma, outro renomado estabelecimento e um dos principais ganhadores por quatro anos não consecutivos desde o lançamento do ranking em 2002, não fez parte da lista em 2017, uma vez que restaurantes que estão fechados ou em preparação para encerrar as atividades não são elegíveis – embora René Redzepi tenha reaberto seu famoso espaço em fevereiro, era tarde demais para ser considerado na lista de 2018.
Este ano, a Osteria Francescana recuperou o título de melhor restaurante do mundo. O Eleven Madison Park caiu para o 4º lugar. Copropriedade do chef Daniel Humm e do restaurateur Will Guidara, o aclamado espaço da cidade de Nova York fechou durante o verão para um período de reformas e reabrirá em outubro com novo visual, bar renovado e menu repaginado. Enquanto isso, o Gaggan e seu chef Gaggan Anand se tornaram o primeiro restaurante e o primeiro chef asiáticos a passar pela 7ª posição e aterrissar no Top 5. Já o intimista Den, localizado em Tóquio, Japão, e dirigido por um acolhedor chef de cozinha, deu um salto surpreendente e merecido do 45º para o 17º lugar.
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Mas há duas grandes omissões na lista deste ano: o Core by Clare Smyth e o Atelier Crenn. Mais uma vez, a organização deixou de fora do ranking geral um estabelecimento cujo profissional foi eleito na categoria Melhor Chef Mulher do Mundo, o que também aconteceu em 2016, quando Dominique Crenn, do Atelier Crenn, foi reconhecida com o mesmo título. Agora, depois de ter classificado em 83º lugar no ano passado, o Atelier Crenn foi totalmente retirado da lista.
A chef Dominique tem sido uma defensora das mulheres no setor de hospitalidade e até já expôs a desigualdade de gênero e a falta de representatividade no mercado. É possível até supor que tais críticas sinceras tenha provocado sua remoção da lista, especialmente ao considerar que Dominique é, sem dúvida, uma das chefs atuais mais inventivas dos Estados Unidos, reconhecida por muitos críticos. No entanto, Ana Roš, vencedora do mesmo prêmio em 2017, subiu para o Top 50 com seu restaurante Hiša Franko. Agora existem cinco mulheres chefs na lista (duas a mais do que no ano passado), mas ainda há um longo caminho a ser percorrido até que elas obtenham o devido reconhecimento em uma indústria dominada por homens.
Veja, na galeria de fotos abaixo, os 50 melhores restaurantes do mundo: