Os mais de 15 mil itens que serão vendidos no final deste mês incluem móveis, pinturas, luminárias e decoração que ocuparam os quartos e restaurantes internos do Waldorf Astoria e “foram testemunha da história”, disse Andrew Miller, CEO da Dajia US, empresa criada para administrar os ativos da Anbang após sua aquisição pelo governo chinês.
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Os itens listados para leilão refletem o passado de sucesso do hotel, com muitas das peças vindo de suítes de hóspedes como Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor, o duque de Windsor — cuja abdicação abriu caminho para que Elizabeth II se tornasse rainha–, o primeiro-ministro Winston Churchill, o presidente Herbert Hoover e o compositor Cole Porter, que morou no hotel por cerca de dez anos.
O dinheiro arrecadado com o leilão será usado para a renovação de outro marco histórico da cidade de Nova York: a Igreja de São Bartolomeu, monumento dos anos de 1930 localizado do outro lado da rua do hotel.
Segundo o Kaminski Auctions, itens que foram considerados historicamente “impagáveis” foram restaurados para serem exibidos assim que o hotel for reaberto, incluindo o piano de cauda Steinway de 1907 pertencente a Cole Porter e uma cadeira de balanço usada pelo presidente John F. Kennedy.
“Mal podemos esperar para dar vida a esse imenso e raro leilão”, disse Frank Kaminski, chefe da Kaminski Auctions, em um comunicado. “Dada a variedade de itens e a rica história da propriedade, esperamos atrair licitantes de todo o mundo. O alcance do leilão é realmente bastante extenso. Há peças diretamente das suítes que líderes mundiais, presidentes dos Estados Unidos e celebridades frequentaram.”
O Waldorf Astoria foi comprado pelo Anbang Insurance Group em 2015 por um recorde de US$ 1,95 bilhão em meio a uma onda especulativa de investimentos imobiliários de empresas chinesas no exterior. Em 2018, os reguladores do governo chinês assumiram o controle da Anbang, depois que o então presidente, Wu Xiaohui, foi acusado (e posteriormente condenado) de fraude. Segundo informações do “Washington Post”, o hotel passou por uma reforma de US$ 1 bilhão que começou no final de 2017, convertendo grande parte do edifício em condomínios que serão vendidos por, no mínimo, US$ 2,6 milhões (para unidades de um quarto).
O novo Waldorf terá 375 quartos de hotel e 375 unidades residenciais. No entanto, as perspectivas de vendas para os condomínios são nebulosas: o mercado de luxo de Nova York já estava enfrentando uma saturação de prédios altos, condomínios de luxo e um novo imposto sobre mansões que estava afetando as vendas. Assim, a pandemia de coronavírus e a subsequente recessão apenas aumentaram o funil.
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