Desde o tempo em que era estudante de ciência da computação em Santa Catarina, o jordaniano Emran Said, de 35 anos, lidera iniciativas ligadas ao mercado de tecnologia. Em 2014, depois de fundar diversos negócios, juntou-se a Rodrigo Morelli para criar a Elleven.
O objetivo da dupla era desenvolver uma tecnologia pioneira e 100% brasileira capaz de virtualizar desktops, personalizando a implementação da solução VDI (Virtual Desktop Infrastructure) de acordo com a demanda de cada cliente. Dessa forma, grandes equipes poderiam trocar o escritório por suas casas, gerando economia, aumento da produtividade e maior qualidade de vida – com total segurança de dados.
Não só atingiram esse objetivo como, em tão pouco tempo de existência, tornaram-se líderes do mercado nacional. Se o call center de uma companhia aérea é remoto, a tecnologia Elleven está por trás disso. Se um banco permite que suas equipes trabalhem de casa, é quase certo que existe ali a tecnologia Elleven. Hoje a jovem empresa entrega a solução na nuvem para mais de 5 mil posições de trabalho remotas, distribuídas entre mais de 20 clientes corporativos.
“Nunca perdemos um cliente”, comemora Said. “Nossa tecnologia é tão eficiente e estável quanto as melhores do mundo – e nossa entrega e atendimento são infinitamente melhores porque entendemos a cultura local e conseguimos adequar o produto à demanda de cada cliente”, explica.
Se em 2014 falar de home office parecia utopia, hoje muitas empresas do Brasil e do mundo flexibilizam a relação de trabalho. “No início, éramos disruptivos”, comenta Morelli. “Agora já atuamos em um mercado mais consolidado, que entende e reconhece a importância de adotar tecnologias cada vez melhores para home office. Por isso, estamos sempre de olho nas próximas ondas disruptivas.”
Para acompanhar de perto essas ondas e buscar novas ideias direto na fonte, Said embarca ao menos duas vezes por ano para o Vale do Silício. Ele alterna visitas a empresas californianas e encontros abertos de pitches de negócios. “Passo o dia inteiro ouvindo as propostas de fundadores de novas startups, descobrindo tendências e me conectando com investidores e empreendedores que estão buscando desde aportes-anjo a rodadas de investimento série A”, diz.
O efervescente ecossistema de inovação estimulou o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias e deu origem à evolução do negócio. Após cinco anos de uma trajetória de sucesso, os sócios sentiram que era hora de dar um passo à frente. Enquanto uma parte da equipe passou a se dedicar à bem-sucedida operação, outra focou no desenvolvimento de novas tecnologias. “Começaram a nascer os produtos que chamávamos internamente de Twelve, Thirteen, Fourteen… Então decidimos que Elleven passaria a designar o produto, e não mais a empresa – que agora precisava de um nome mais abrangente”, lembra Said. Elleven agora é um dos itens de um portfólio crescente de soluções oferecidas pela nova empresa, que atende pelo nome de [N]umbers.
“NO INÍCIO, ÉRAMOS DISRUPTIVOS. AGORA JÁ ATUAMOS EM UM MERCADO MAIS CONSOLIDADO, QUE ENTENDE E RECONHECE A IMPORTÂNCIA DE ADOTAR TECNOLOGIAS CADA VEZ MELHORES PARA HOME OFFICE. ” Rodrigo MorelliA [N]umbers nasce com a missão de desenvolver tecnologias que atendam às demandas do mercado de forma cada vez mais assertiva. “Nossa excelência de atendimento segue conosco na nova empresa e nos demais produtos”, afirma Morelli. “A vantagem da tecnologia proprietária é, além do custo acessível, a possibilidade de customização – tudo é pensado especialmente para o cliente. Esse é o nosso grande diferencial em relação às licenças de softwares de multinacionais”, completa.
A empresa já registra crescimento de 50% em relação à receita do ano passado, considerando as soluções para home office e as novas verticais de negócios. Um sistema de gestão hoteleiro, gravação de tela, monitoramento remoto, nuvens pública e híbrida e uma iniciativa pioneira de streaming para o mercado de games, batizada de [59], são alguns dos novos produtos. Depois de se consolidar no mercado nacional com todo o portfólio, a internacionalização entrará no radar.
Se a Elleven deve seu nome ao fato de ser o décimo primeiro negócio criado por Said, a [N]umbers indica que agora a evolução não tem limites: “Com ela, o potencial de produtos que podemos lançar é infinito”.
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