Com a pandemia e o salto enorme nos casos de ansiedade, depressão, consumo de álcool e drogas e problemas com o sono, só para citar alguns dos problemas de saúde mental mais comuns em quem trabalha, as organizações começaram a se dar conta de que precisam se mexer, e rapidamente.
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O que as organizações poderiam fazer para ajudar os seus empregados? Veja, abaixo, algumas sugestões:
1. Elas precisam estar atentas ao seu principal valor: as pessoas. Não existe inovação sem o fator humano.
2. As empresas precisam entender que, sim, seus colaboradores estão em frangalhos, cansados, irritados, com a paciência mais curta. A paciência fica ainda mais curta com a falta de definição. Como deverá ser o modelo híbrido de trabalho? Esse é um dos temas mais discutidos no mundo todo.
3. Elas precisam oferecer canais com pessoal devidamente capacitado para fazer o primeiro atendimento a quem está em sofrimento. Quando eu falo em atendimento, não é atendimento médico, mas humano. É acolher o colaborador e ter capacitação para identificar se ele está, por exemplo, com problemas do sono, ansioso etc. É ter estratégias sólidas para apoiar as pessoas que não mais trabalharão de casa e terão de voltar ao escritório e eventualmente podem estar com medo.
Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da Caliandra Saúde Mental.
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