O setor de serviços do Brasil encerrou 2020 com aceleração do crescimento em dezembro e melhora da confiança diante da perspectiva de vacinas contra a Covid-19, mostrou o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) hoje (6).
No último mês do ano, o PMI de serviços subiu a 51,1, de 50,9 em novembro, e permaneceu acima da marca de 50, que separa crescimento de contração, de acordo com o IHS Markit. Os participantes da pesquisa associaram o crescimento às perspectivas melhores diante de notícias sobre uma vacina para a Covid-19, além da reabertura de alguns estabelecimentos e condições melhores de demanda.
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O crescimento foi generalizado nos cinco subsetores monitorados, liderados por Transporte e Armazenamento. “O setor de serviços brasileiro terminou 2020 de forma melhor apesar da pandemia de Covid-19”, afirmou em nota a diretora econômica da IHS Markit, Pollyanna De Lima.
As novas encomendas aumentaram pelo quinto mês seguido, com a taxa de expansão acelerada em relação a novembro. Dos cinco subsetores acompanhados, somente ‘Finanças e Seguros’ não apresentou crescimento, mas manteve-se estável.
A demanda externa também melhorou no último mês, quando foi registrado o segundo aumento consecutivo nas novas encomendas para exportação, elevando a taxa ao patamar mais alto em mais de dois anos.
Apesar disso, o número de empregos caiu no setor de serviços, depois de aumentar em novembro pela primeira vez em nove meses. Os entrevistados citaram esforços para reduzir gastos e aumento nos casos de Covid-19.
“Embora os dados deem alguma garantia bem-vinda de que a economia de serviços continua a mostrar resiliência à pandemia, a sustentabilidade da recuperação fica em dúvida quando se olha para os dados de emprego…”, ponderou De Lima. Ela também alertou que o aumento das infecções antes que as vacinas se tornem amplamente disponíveis pode causar novas restrições e abreviar a recuperação.
Os preços de insumos aumentaram mais em novembro, com a taxa de inflação chegando perto de um pico em quatro anos e meio diante do aumento de uma série de itens, movimento em parte associado à escassez de produtos e à força do dólar. Para proteger suas margens de lucro, algumas empresas repassaram preços mais elevados a seus clientes.
Em dezembro, o PMI da indústria mostrou um ritmo mais lento de crescimento do setor. Com isso, o PMI Composto do Brasil caiu a 53,5, de 53,8 em novembro. Foi o quinto mês seguido de ganhos para o setor privado do país, porém no ritmo mais fraco da atual sequência de expansão. (com Reuters)
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