O que muda nos negócios em 2024? Lideranças apontam as expectativas em cada mercado

27 de novembro de 2023
Ale Virgilio

Daniela Cachich, presidente da divisão de Future Beverages da Ambev, diz o que tem no seu radar para buscar a inovação

A inovação é peça chave para construir uma trajetória bem-sucedida.

Na última quinta-feira (23), a Forbes reuniu algumas das integrantes de sua lista de Mulheres de Sucesso, executivas e empreendedoras que se destacam por seu pioneirismo em diferentes áreas de atuação ao longo dos últimos três anos.

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A apresentadora Eliana, Daniela Cachich, presidente da unidade de Future Beverages da Ambev, e Marina Daineze, diretora de marketing da Vivo e uma das escolhidas da lista Forbes Melhores CMOs em 2023.

São mulheres que chegaram a posições de prestígio nas suas carreiras por seu olhar inovador, transformando os ambientes profissionais e a sociedade como um todo. 

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Hoje, lideram mudanças e negócios importantes nas suas empresas e segmentos e, aqui, contam quais tendências devem impactar e até transformar suas áreas nos próximos anos. Veja:

Jaqueline Goes, biomédica responsável pelo mapeamento do genoma do coronavírus no Brasil “Acho que a terapia de edição gênica vai vir muito forte nos próximos anos. A gente já está vendo alguns progressos dentro da pesquisa, não é algo que está disponibilizado para o público, mas é muito inovador editar genes para tentar prevenir doenças. É quase brincar de Deus, tentar corrigir erros, coisas transmitidas geneticamente ou adquiridas ao longo da vida.”more
Daniela Cachich, presidente da unidade de Future Beverages e Beyond Beer da Ambev “Cada vez mais a gente está indo para um modelo de escuta ativa. As empresas saem de um lugar em que elas sabem de tudo para um lugar de aprender. E hoje os consumidores e as consumidoras querem dividir as dores e os desejos com a gente. Tenho muita clareza de que quanto mais a gente entender e tiver intimidade com as dores do consumidor, puder criar inovação entendendo isso e oferecendo personalização com escala, a gente ganha muita relevância em um mundo que está cada vez mais cheio de estímulos e ofertas.”more
Luciana Antonini Ribeiro, sócia da gestora de private equity eB Capital “Existem duas grandes tendências que estão mudando o jeito de se fazer negócio. Primeiro, a questão do clima. A gente está sentindo na pele as mudanças climáticas, o que obriga as empresas a repensar a sua atuação. E diferentemente da revolução digital, a revolução verde é física, uma mudança que exige um investimento de trilhões de dólares. A segunda vertente é a inteligência artificial. Os negócios e a forma como a sociedade se relaciona vão ser profundamente alterados, de emprego a questões geopolíticas. São duas mudanças estruturais muito relevantes que vão perpassar todos os setores e a forma como nós olhamos para os negócios.”more
Roberta Anchieta, diretora de administração fiduciária do Itaú "Temos passado pela maior mudança regulatória na indústria de fundos recentemente. Então temos o desafio de aprender a lidar com o novo cenário."more
Marina Daineze, diretora de marketing e branding da Vivo “Tudo na vida do consumidor hoje passa pelo digital. E as marcas têm o papel de promover um uso equilibrado da tecnologia em um mundo cada vez mais acelerado. As empresas têm uma responsabilidade social bastante importante, seja ajudando o consumidor a usar melhor os produtos, seja conectando com pautas sociais relevantes, como a diversidade e a questão ambiental.”more
Joyci Lin, CEO da fabricante de óculos Go Eyewear “No Brasil, nós tivemos uma grande mudança na legislação que é a possibilidade de os optometristas dentro das óticas fazerem a refração, coisa que estava restrita ao oftalmologista. Nos próximos três anos, o mercado de óculos e lentes tende a crescer pelo menos 50%, acompanhando outros países. No Japão, 95% da população usa óculos de correção e na Europa, 79%. No Brasil, é menos de 50%, mas esse número tende a se igualar até pelo tempo de uso de telas do brasileiro, que é superior ao mundial.”more