Com aproximadamente 500 lojas em 15 cidades do país, a Onii oferece três tipos de lojas de conveniência com variações de tamanho, que vão desde 2 metros quadrados até 20 metros quadrados. Todas as versões são automatizadas com tecnologia oferecida pela startup. Não há funcionários, caixas e o pagamento é feito por meio de um aplicativo no celular. Os estabelecimentos ficam abertos 24 horas por dia.
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Embora a pretensão seja de levar o mesmo modelo para as periferias, a grande mudança que a iniciativa propõe é a de reinvestir no ecossistema econômico local. Com a Onii, os donos das lojas licenciam a marca e repassam pelo menos 10% da receita total de cada mês para a startup.
Já na eegloo, o faturamento de cada empreendimento será dividido entre quatro partes: o empreendedor da região; o grupo G10 das Favelas; a ONG Turma do Jiló, que incentiva a educação inclusiva em escolas públicas; e a Onii, que receberá apenas o valor para arcar com custos operacionais e tecnológicos.
Em Paraisópolis, onde ficará a primeira loja da eegloo, o empreendedor escolhido foi Daniel Cristóvão, que é dono do mercado Brasileiríssimo. “Eu vejo um potencial grande no projeto”, diz. “Com a mentoria e a formalização da minha empresa, o céu é o limite e espero um crescimento maravilhoso.”
DA FAVELA PARA O BRASIL
O presidente do G10 das Favelas, Gilson Rodrigues, festeja a parceria com a Onii. “Neste momento de agravamento da crise sanitária e financeira, a melhor forma que a gente tem de contribuir com quem mais precisa é a ajudando empreender e colocar dinheiro no bolso”, diz.
A perspectiva é de que não só empreendedores locais virem donos das lojas autônomas, mas também possam aproveitar as já existentes em suas comunidades para vender seus produtos. “Queremos levar produtos da favela para além da favela”, diz Rodrigues. “Nosso desejo é que os produtos que são criados aqui não sejam rotulados e marginalizados como as pessoas da favela são.”
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