Segundo o levantamento, uma parte importante do Brasil viu condições climáticas mais favoráveis nas duas últimas semanas de dezembro, que ajudaram a repor reservas de umidade do solo em importantes produtores, como Mato Grosso.
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Por outro lado, a seca e o calor persistentes observados no início da temporada continuaram em muitas partes das regiões de produção do Sul, principalmente no Paraná, Rio Grande do Sul, e no Sudeste, como São Paulo.
“Os níveis de umidade do solo nessas regiões permanecem em patamar abaixo da média de cinco anos, apesar das recentes chuvas esparsas benéficas, especialmente perto do Sudeste.”
A Refinitiv disse que esta é uma preocupação para o desenvolvimento contínuo da safra de soja, que está entrando em seu período de crescimento principal, pois combinadas as regiões com perdas podem responder por até 30% da produção total de soja do Brasil.
Nesta quarta-feira, a federação das cooperativas do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) estimou perdas de 24% para a safra gaúcha de soja, em função da estiagem.
Na virada do ano, o Departamento de Economia Rural (Deral) realizou um levantamento emergencial de perdas pela seca, apontando uma redução de mais de 5 milhões de toneladas na projeção de safra de soja do Paraná, para 13,1 milhões de toneladas.
Em uma perspectiva mais pessimista, a consultoria StoneX deixou nesta semana de estimar recorde para a safra brasileira da oleaginosa, devido às perdas na região Sul.