Alibaba seguiu o caminho de outras empresas de e-commerce, como a Amazon, e entrou para o ramo de notícias. A gigante chinesa anunciou nesta sexta-feira (11) a compra do grupo South China Morning Post (SCMP), com sede em Hong Kong, um dos principais jornais do país.
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Além do jornal chinês, o grupo SCMP é dona das edições locais das revistas Esquire e Elle. A empresa não divulgou o valor do acordo, mas estima-se que seja por volta de US$ 262 milhões.
Em uma carta aos leitores, o presidente executivo da Alibaba, Joe Tsai, aifrmou que a companhia não irá exercer pressão sobre o trabalho editorial do jornal, mas pretende usar sua expertise digital para “levar o SCMP a outro nível”.
“Alguns disseram que a compra do SCMP pela Alibaba iria comprometer a independência editorial do jornal”, continua a nota. “Na verdade, é exatamente por isso que acreditamos na necessidade de pluralidade de pontos de vista na cobertura da China. Ao reportar as notícias, o SCMP será objetivo, preciso e justo.”
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Já considerado o jornal mais lucrativo do mundo, o SCMP tem sido acusado de esconder notícias sensíveis às autoridades de Pequim. Em agosto deste ano, um repórter da rede Al Jazeera sugeriu que “o editorial deste jornal olha para a China cada vez mais como se ela se resumisse a Pequim”.