Mineira por trás dos pães de queijo do hotel Fasano agora foca no varejo

11 de novembro de 2020
Divulgação

Formaggio Mineiro, com sede em São Paulo, quer abrir 16 lojas, entre virtuais e físicas, em 2021

“Não gasto meu estômago com qualquer coisa”, diz Mirany Soares, categórica. Ela é a curadora gastronômica –”não chef”– por trás da Formaggio Mineiro, empresa focada em pães de queijo, que tem entre seus clientes estabelecimentos tradicionais, como os hotéis Fasano e as redes Santa Luzia e Santa Maria. Foi com o lema de preservar o trato digestivo que a mineira de Belo Horizonte, cansada de comer pães de queijo com gosto artificial, decidiu que era hora de “colocar queijo no pão de queijo”.

Por queijo, entenda-se canastra e parmesão, os dois principais ingredientes de uma série de produtos que orbitam em torno do pão de queijo original (há sabores gorgonzola e chocolate, por exemplo, além de chipa e waffle de pão de queijo). O salgado, que, verdade seja dita, dá cheiro de tarde na casa da avó quando assado no forno convencional da sua própria cozinha, não leva aromatizantes ou estabilizantes. “Só consigo vender o que dou para o meu filho”, brinca.

LEIA MAIS: 50 Best Restaurants escolhe Janaína Rueda como ícone da América Latina em 2020

A ideia parece ter dado certo. Depois de dez anos à frente do negócio, a empresária que se consolidou no canal de food service se prepara para capilarizar e atender ainda mais o consumidor final, que se mostrou um trunfo no momento em que a pandemia do coronavírus acabou limitando os canais de hotéis, bares e restaurantes, onde a marca era mais forte.

A pequena fábrica, que começou como um sonho de produzir pães de queijo de qualidade e que segue ralando os ingredientes na própria planta –o que, nas palavras de Mirany “ajuda a controlar procedência e manter a umidade”– atendia apenas atacado até, há seis anos, abrir uma loja de fábrica. O objetivo era ajudar a pagar o aluguel do galpão onde a operação funcionava, mas o empório se tornou um segundo negócio.

A empresária Mirany Soares

“Hoje, temos seis lojas físicas, onde é possível encontrar os produtos congelados e assados, além de complementos mineiros, como goiabada e doce de leite, que escolhemos a dedo para combinar com a proposta de valor”, conta. “As lojas virtuais, que hoje também são seis, começaram na época da pandemia, assim como o delivery. O modelo se mostrou interessante, pois algumas pessoas ficaram sem emprego, e essas pessoas podem complementar renda com nossos produtos”, afirma Mirany, classificando a categoria como “micro food service”.

A marca que se intitula no site “o melhor pão de queijo do Brasil” não pretende ser o maior produtor do quitute. Usando 40% de queijo canastra e ingredientes como sal do himalaia na composição, o preço dos produtos da Formaggio Mineiro não é baixo: 550 g do pão de queijo tradicional para assar em casa sai R$ 29,50 –80% mais caro que a maioria em média. “Tem marcas muito maiores, com capacidade de investimento”, explica Mirany, dizendo que a Formaggio Mineiro produz 20 toneladas ao mês. “Mas o mercado é grande com espaço para todos e nosso posicionamento atende a um público muito específico.”

Apesar dos percalços de um ano complicado, a empresária quer crescer na base dos 30% e capilarizar ainda mais sua distribuição, com abertura de mais dez lojas virtuais e seis físicas em 2021. “Perdemos na fábrica, mas já recuperamos bastante. Agora a aposta é no cliente que quer ir à loja”, finaliza.

***

Provado e aprovado: Kuro

Do pequenino balcão do Kuro, nos Jardins, sai um incrível menu ao estilo omakase. Aliando técnica, ingredientes de primeiríssima qualidade e inventividade, o sushiman Henry Miyano e o chef executivo espanhol Gerard Barberan servem a degustação em 16 tempos –R$ 450 com bluefin entre os pratos, e R$ 390 quando a iguaria não está disponível. Entre as (muitas) iguarias de destaque, o tataki de atum com ovo perfeito em excelente molho ponzu e o sushi de bluefin queimado na hora com carvão binchotan. São apenas três horários disponíveis para reserva, de segunda a sábado, às 12h, às 19h e às 20h45, e a casa aceita apenas um grupo de até seis pessoas por vez.

Kuro
Rua Padre João Manuel, 712, Cerqueira César, tel. (11) 3062-5241

***

Haribo faz 100 anos e mira o Brasil

A tradicional marca criadora e produtora dos ursinhos coloridos de gelatina está completando, em 2020, cem anos de história. O Brasil, acredite, é estratégico nesta operação. A planta nacional, localizada em Bauru, no interior de São Paulo, é a primeira da empresa fora da Alemanha. Daqui, a produção vai para os EUA e, segundo Juliana Furini, gerente de marketing da Haribo no Brasil, a companhia ainda pretende explorar a fábrica para a América Latina. “Nossa prioridade é desenvolver o mercado brasileiro”, ela diz. De acordo com a executiva, o país tem grande potencial na categoria de confeitos de gelatina, e a Haribo tem feito uma série de esforços para atender o paladar brasileiro. Desde que aportou aqui, a empresa, que tem entre seus concorrentes a espanhola Fini, mudou a fórmula dos ursinhos de ouro –brasileiros gostam de balas mais molinhas– e lançou sabores especiais, como musse de maracujá e coco. “Temos um desafio interessante em produtos adaptados e parte da estratégia é estar presente no maior número de pontos de venda possível”, fala. Juliana.

***

Pedra Cancela lança vinho Intemporal para comemorar 20 anos

A TDP Wines acaba de trazer às prateleiras nacionais o vinho Pedra Cancela Intemporal. Do excepcional branco que marca os 20 anos da empresa parte do grupo português Lusovini, produziu-se apenas 1.200 garrafas –são cerca de 100 disponíveis no Brasil a R$ 999. Elaborada com as uvas encruzado, malvasia fina e cerceal branco da safra 2012 do Dão, a edição limitada tem sete anos de cave e maturação em barris de carvalho.

Siga FORBES Brasil nas redes sociais:

Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn

Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão

Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.

Tenha também a Forbes no Google Notícias.