Medidas para coronavírus de R$ 200 bi serão oficializadas até amanhã, diz Guedes

1 de abril de 2020
Ueslei Marcelino/Reuters

Guedes também citou medida de financiamento da folha de pagamento das empresas

O ministro da Economia, Paulo Guedes, indicou hoje (1) que uma série de medidas que já haviam sido divulgadas pela equipe econômica, mas que não chegaram a ser formalmente apresentadas, serão encaminhadas no formato de Medidas Provisórias ao Congresso até amanhã (2), ao custo de R$ 200 bilhões.

“O total é de R$ 200 bilhões, 2,6% do PIB (Produto Interno Bruto)”, afirmou Guedes.

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O ministro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro assinará duas MPs hoje e mais duas amanhã, sem especificar quais temas serão abordados primeiro.

Segundo Guedes, o governo cobrirá a diferença de salário dos trabalhadores que tiverem jornada reduzida em “20%, 25%, 30%”, num programa para manutenção de empregos formais de R$ 51 bilhões.

“Se a empresa está com uma dificuldade e quiser reduzir 20%, 25%, 30% do salário, o governo vai lá e paga os 20%, 25%, 30% do salário. Ou seja, nós estamos pagando às empresas para manterem os empregos, que foi a promessa do presidente, lutar pela preservação dos empregos”, disse ele, em rápida fala no Palácio do Planalto.

Guedes também citou medida de financiamento da folha de pagamento das empresas, ao custo de R$ 34 bilhões para o Tesouro e mais R$ 6 bilhões para os bancos.

A ideia é que a empresa que resolva manter empregos seja beneficiada com o complemento do salário pelo governo, que também dará um crédito para o patrão arcar com o restante da remuneração, sendo que o dinheiro irá “na veia” para o trabalhador, disse o ministro.

Ambas as iniciativas já haviam sido divulgadas pela equipe econômica.

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Antes de o ministro falar, Bolsonaro havia anunciado que sancionará hoje a ajuda emergencial de R$ 600 mensais a trabalhadores informais, aprovada pelo Congresso, no âmbito das medidas de enfrentamento à crise do coronavírus.

De acordo com o presidente, a investida terá um custo de R$ 98 bilhões, com a renda básica alcançando 54 milhões de brasileiros.

Tanto Bolsonaro quanto Guedes também citaram a destinação de R$ 16 bilhões da União ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) e ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) – outra iniciativa que havia sido anunciada no passado, mas que ainda não tinha sido concretizada.

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