O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira (7) em alta de 1,77% aos 122.038 pontos, na esteira de resultados positivos da B3 e Banco do Brasil no primeiro trimestre deste ano. A repercussão da notícia de que a Petrobras pretende seguir com seu plano de desalavancagem, vendendo campos de gás na América Latina, colaborou mais uma vez com o desempenho do índice brasileiro que, na semana, avançou 2,6%.
O apetite por riscos foi amparado ainda pelo exterior. Em Wall Street, as ações de tecnologia dispararam após o Payroll (relatório de empregos dos EUA), revelar a criação de 266 mil novas vagas de trabalho no país em abril, número muito abaixo da expectativa de 1 milhão de vagas.
À tarde, o presidente dos EUA, Joe Biden, e a secretária do Tesouro, Janet Yellen, destacaram a necessidade de mais auxílios para auxiliar na retomada econômica, endossando no mercado expectativa de mais oferta de dinheiro barato.
Analistas de mercado avaliam que o resultado ameniza as pressões por uma mudança na política monetária expansionista do Federal Reserve e que a economia do EUA ainda carece de consistência na retomada. No fechamento, o Dow Jones ganhou 0,66% aos 34.777 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,74% aos 4.232 pontos e o Nasdaq subiu 0,88% aos 13.752 pontos.
Os números do Payroll ajudaram a derrubar o dólar frente aos pares globais nesta sexta-feira, movimento que favoreceu o real na sessão. A divisa norte-americana terminou o dia em queda de 0,96% e negociada a R$ 5,22 na venda, mínima em quase quatro meses. A correção acentuada no câmbio reflete ainda a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar a taxa básica de juros da economia em 0,75 p.p. na última quarta-feira, para 3,50% ao ano. Na semana, o dólar recuou 3,7% frente ao real.
Na análise de Caio Megale, economista-chefe da XP, os fundamentos da taxa de câmbio indicam que o real poderá continuar em apreciação nos próximos meses, mas até o fim do ano a moeda seguirá suscetível a episódios de volatilidade decorrentes de ruído político e incertezas fiscais e pandêmicas.
“O viés do dólar no curto prazo é de baixa. (…) As pessoas se preocupam com a CPI da Covid. Sem nada catastrófico, a CPI da Covid tende a tirar foco do Ministério da Economia, alivia o ambiente econômico, tira foco do fiscal”, avaliou Megale.
A XP está em processo de revisão de cenários e, por ora, vê o dólar encerrando o ano em R$ 5,30, mas não descarta chances da moeda chegar a R$ 5 reais ao fim de 2021.
Também em revisão mensal de cenário, o Itaú Unibanco projeta o dólar em R$ 5,30 no término de 2021 e em R$ 5,50 ao fim de 2022. (Com Reuters)
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