Depois de forte alta da véspera, o dólar mostrou acomodação hoje (6), com analistas à espera de novidades da cena política local.
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O dia positivo no exterior amparou leve queda da moeda norte-americana no mercado à vista, enquanto no segmento futuro a taxa de câmbio ficou perto da estabilidade.
A aparente divergência ocorreu porque na quarta-feira (5), com o mercado à vista fechado, a taxa no mercado futuro desacelerou. Com isso, o mercado futuro teve nesta sessão menos apetite por vendas, por já ter terminado o dia anterior em nível mais baixo.
Já o dólar à vista se ajustou “com atraso” à perda de fôlego do dólar futuro ocorrida na véspera. O dólar no mercado interbancário fechou em queda de 0,33%, a R$ 3,8826 na venda. Na véspera, a cotação havia subido 1%.
Na B3, o contrato de dólar futuro mais negociado tinha leve alta de 0,1% nesta quinta-feira, para R$ 3,8920.
De forma geral, o mercado evitou grandes movimentações em meio a expectativa pelo resultado do julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre exigência de aval do Congresso e de realização de licitação pública nas operações de alienação do controle acionário de estatais.
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Uma votação favorável é bem vista pelo mercado, uma que facilitaria a execução da agenda de concessões e privatizações do governo, o que poderia atrair fluxo de capital ao Brasil.
O dólar tem se enfraquecido ante o real nas últimas semanas. Desde a máxima de 20 de maio, a moeda acumula queda de 5,4%.
Segundo Bernardo Zerbini, corresponsável pela área macro da AZ Quest, pela primeira vez em muito tempo uma série de fatores volta a ser favorável ao real.
“O diferencial de juros contra os Estados Unidos voltou a melhorar, o cenário político aqui desanuviou, e a posição técnica estava sugerindo recuperação no câmbio”, disse o executivo da gestora que tem cerca de R$ 18 bilhões sob gestão.
Zerbini evitou dizer para onde o dólar, mas considerou que a tendência é que o real supere seus pares.
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