Resumo:
- A confiança da população mundial em notícias é de 42%, enquanto nas mídias sociais esse índice é de apenas 23%;
- O Brasil lidera o ranking dos países que mais se preocupam com as notícias falsas, com 85%, seguido de Reino Unido e Espanha;
- 67% da população da França e dos Estados Unidos se aflige com a desinformação online.
A edição de 2019 do Reuters Institute Digital News Report foi publicada em um cenário de crescente populismo, instabilidade política e econômica. Em uma era de fake news, a pesquisa descobriu que a confiança nas notícias caiu 2% em todos os mercados, de 44% para 42%. Os níveis são ainda mais baixos em ambientes como as mídias sociais, onde os índices não passam de 23%. Com a desinformação rondando a internet, o quanto as pessoas realmente se preocupam com notícias falsas?
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Quando se trata de preocupações sobre o que é real e o que é falso na internet, em termos de notícias, o Brasil tem a maior parcela de entrevistados aflitos, com 85%, de acordo com o Reuters Institute. O infográfico abaixo, elaborado pelo Statista, fornece uma visão geral da situação de 15 países identificados no relatório. Dado o nível de divisão no Reino Unido, em virtude do Brexit, a região foi responsável pelo maior aumento no nível de preocupação do que qualquer outro país no estudo desde o ano passado. A preocupação com o fato e a ficção nas notícias online aumentou 12% desde o relatório de 2018 e, agora, registra 70%.
Com a repercussão do termo “fake news” nos Estados Unidos, acentuada desde a campanha e posse de Donald Trump, como os norte-americanos se sentem sobre a desinformação online? A pesquisa constatou que 67% dos entrevistados do país estão preocupados com a questão, mesmo índice da França. Em países menos polarizados, como a Alemanha e a Holanda, a preocupação é bem menor, de apenas 38% e 31%, respectivamente. Uma consequência de toda essa apreensão parece ser uma maior conscientização e confiança em marcas de notícias confiáveis. Em todos os países do relatório, 26% das pessoas começaram a confiar em fontes de notícias “mais respeitáveis”, enquanto 24% disseram que pararam de usar fontes com “uma reputação menos precisa”.
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