O Ibovespa encerrou o pregão em território negativo nesta terça-feira (12), com a Petrobras (-1,53%) entre as maiores pressões de baixa devido ao declínio dos preços do petróleo no exterior. Os investidores também avaliaram os dados de inflação antes das decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil na quarta-feira (13).
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O Ibovespa registrou uma queda de 0,40%, encerrando aos 126.403,03 pontos. Durante o dia, atingiu a máxima de 127.359,19 pontos e, no pior momento, caiu para 126.174,03 pontos.
Nos Estados Unidos, o Departamento do Trabalho divulgou que o índice de preços ao consumidor subiu 0,1% no mês passado, após ficar inalterado em outubro. Em 12 meses, avançou 3,1%, comparado a uma alta de 3,2% em outubro. As projeções indicavam estabilidade no mês e um aumento de 3,1% na base anual.
Esses números surgiram um dia antes da decisão de política monetária do Federal Reserve, que incluirá projeções dos membros do banco central norte-americano e uma coletiva de imprensa com o presidente da instituição, Jerome Powell. A expectativa é de manutenção da taxa entre 5,25% e 5,50%, com foco nas próximas movimentações.
Michelle Cluver, estrategista de portfólio da Global X ETF, afirmou que os dados de inflação desta terça-feira estiveram em linha com as expectativas do mercado e é improvável que tenham um impacto significativo nas expectativas das taxas de juros a curto prazo. Ela acrescentou que o foco está em uma possível atualização no número de cortes refletidos no ‘dot plot’ para o próximo ano.
No Brasil, o IPCA mostrou um aumento de 0,28% em novembro, acumulando uma elevação de 4,68% em 12 meses. As estimativas dos analistas eram de um aumento de 0,30% no mês e de 4,70% em 12 meses. Na quarta-feira, o Banco Central brasileiro anunciará a decisão sobre os juros no país, com o mercado aguardando um novo corte de 0,5 p.p. na Selic.
“A leitura do IPCA de novembro continuou mostrando que a desaceleração da inflação continua em curso e não há nada com que se preocupar”, afirmou a estrategista de inflação da Warren Rena, Andréa Angelo, em comentário a clientes.
No mercado acionário, as empresas de varejo e construtoras se destacaram. Empresas como Soma, Magazine Luiza, CVC e Assai se beneficiam de um cenário de inflação mais baixa, que incentiva as pessoas a consumirem mais. No lado negativo, 3R Petroleum, Vibra e Petrorecôncavo foram impactadas pela queda mais acentuada do preço do petróleo.
DESTAQUES DO IBOVESPA
(pregão à vista)
Maiores Altas
SOMA3: +4,02% a R$ 6,73
MRVE3: +2,78% a R$ 9,60
MGLU3: +2,24% a R$ 2,28
CVCB3: +2,77% a R$ 3,71
CMIG4: +1,29% a R$ 10,98
Maiores Baixas
TOTS3: -3,53% a R$ 32,55
RRRP3: −2,92% a R$ 26,60
VBBR3: −2,54% a R$ 21,49
BBAS3: −2,95% a R$ 52,50
PRIO3: −1,97% a R$ 43,80
Exterior
Os índices acionários de referência da França e da Alemanha atingiram brevemente picos recordes nesta terça-feira, após dados mostrarem que os preços ao consumidor dos Estados Unidos subiram inesperadamente no mês passado, aumentando o nervosismo em uma semana repleta de decisões sobre taxas de juros pelos principais bancos centrais.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,21%, a 472,72 pontos, conforme investidores reduziam apostas de que o Federal Reserve poderia iniciar cortes na taxa básica de juros já em março, após o relatório de preços ao consumidor dos EUA.
Em Wall Street, Nasdaq, S&P 500 e o Dow Jones encerraram a sessão com alta de 0,70%, 0,46% e 0,48%, respectivamente.
(Com Reuters)