Enquanto os donos de cinemas se reúnem em Las Vegas para a convenção anual, um tópico que continua a surgir é como eles lidam com uma empresa que resistiu ao seu modelo tradicional de negócios: a Netflix.
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O serviço de streaming de maior sucesso do mundo envia alguns filmes para os cinemas, mas insiste em disponibilizá-los ao mesmo tempo ou apenas algumas semanas depois. Isso perturbou as grandes cadeias de filmes, que se recusam a exibir produções da Netflix e querem uma “janela” de tempo maior para exibição exclusiva.
A questão de como a Netflix se encaixa, ou ameaça, a indústria do cinema dominou uma conferência de imprensa ontem (2) na CinemaCon, a feira da indústria cinematográfica.
Alguns membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, o grupo que organiza o Oscar, vêm debatendo se os filmes devem passar nos cinemas por um período específico de tempo para concorrer aos prêmios, o que poderia excluir a Netflix ou forçar a empresa a concordar com exibições no cinema exclusivas e mais longas.
A publicação de Hollywood, “Variety”, informou que o Departamento de Justiça havia analisado a questão.
O chefe antitruste, Makan Delrahim, enviou uma carta à academia alertando que quaisquer mudanças que limitassem a elegibilidade para as mais altas honras do setor “podem levantar preocupações antitruste”, segundo a publicação.
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Mitch Neuhauser, diretor administrativo da CinemaCon, também foi convidado a abordar a questão quando entrou em uma sala com repórteres.
“Streaming não é um problema”, ele exclamou, observando que há limites para o quanto as pessoas podem ficar em casa com todas as conveniências modernas, incluindo entregas de supermercado. “Temos que sair da casa. Estamos falando em nos tornarmos uma sociedade de eremitas!”, finalizou.
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