O ator australiano Geoffrey Rush recebeu uma indenização por difamação equivalente a US$ 1,9 milhão de um tabloide da News Corp que o acusou de comportamento indevido em suas reportagens, a maior pena do tipo na história do país.
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O Tribunal Federal da Austrália ordenou que a filial local da News Corp pague o valor ao ator por danos passados e futuros, além de um pagamento inicial de A$ 850 mil (dólares australianos) concedidos em abril, mostraram hoje (23) documentos legais.
Uma porta-voz da News Corp não respondeu de imediato aos pedidos de entrevista. O advogado de Rush não quis comentar.
Rush, de 67 anos, disse que os artigos publicados no “Daily Telegraph” de Sydney foram compilados às pressas porque o jornal queria um ângulo australiano para as acusações de agressão sexual feitas contra o produtor de cinema norte-americano Harvey Weinstein.
O jornal havia dito que o ator foi acusado de conduta imprópria não especificada por uma colega de elenco da peça “Rei Lear”, encenada pela Sydney Theatre Company em 2015.
O ator, que recebeu um Oscar em 1997 por seu papel em “Shine –Brilhante” e desde então tem atuado na franquia “Piratas do Caribe” – além de uma série de outros filmes –, disse que as reportagens insinuavam que ele é um “grande pervertido” ou culpado de uma grande depravação.
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Ao apresentar sua decisão, em abril, o juiz Michael Wigney classificou as reportagens como “temerariamente irresponsáveis” e “jornalismo sensacionalista do pior tipo”.
Neste mês, o jornal disse que existem 16 justificativas para apelação e que a conduta de Wigney “deu motivo para uma suspeita de viés”.
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