A Nissan disse hoje (17) que Hiroto Saikawa permaneceria como presidente–executivo, apoiando o protegido do ex-chefe Carlos Ghosn, mesmo que o principal acionista, Renault, tivesse pressionado por uma mudança na liderança da montadora japonesa.
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A renomeação de Saikawa deve ser vista como uma rejeição à Renault, que pressionou por mudanças na liderança como um prelúdio para as negociações de fusão, disseram fontes à Reuters. Saikawa – que há muito tempo se opõe à integração total – é visto como um obstáculo à união, disseram várias pessoas.
A Nissan propôs que o presidente-executivo da Renault, Thierry Bollore, participe do conselho, enquanto o presidente do conselho da Renault, Jean-Dominique Senard, permanecerá na empresa. O conselho será aumentado para 11 membros de oito, e incluirá sete diretores externos. As propostas serão submetidas ao voto dos acionistas em junho.
A composição da diretoria da Nissan tem vastas implicações para a aliança Nissan-Renault. A relação desigual entre eles – a menor Renault tem a maior participação na Nissan – tem sido uma fonte de atrito.
O conselho apoiou unanimemente Saikawa, mesmo reconhecendo que ele não fez o suficiente para conter Ghosn, disse um diretor externo. Ghosn, que foi acusado de má conduta financeira, negou as irregularidades.
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“Embora existam questões relativas à responsabilidade da Saikawa, consideramos mais construtivo o foco na cooperação dentro da aliança, a recuperação da Nissan e seu plano estratégico”, disse Keiko Ihara.
“Tivemos um debate robusto, tomamos o nosso tempo para olhar para os riscos… mas no final todos os diretores concordaram com a nomeação”, disse ela, acrescentando que Senard, da Renault, havia concordado em uma reunião no início desta semana para o decisão de manter Saikawa.
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