Resumo:
- Mark Stevens, sócio-proprietário dos Warriors, empurrou o jogador Kyle Lowry depois que o atleta do Raptors caiu sobre uma fileira de assentos;
- Stevens não estará presente em mais nenhuma das finais da NBA em 2019 e das atividades dos Warriors por um ano, estendendo-se para a temporada de 2019-2020;
- O capitalista de risco entrou no ranking 400 da Forbes das pessoas mais ricas dos Estados Unidos em 2011 com patrimônio líquido estimado em US$ 1,1 bilhão devido ao IPO do LinkedIn.
Na última quarta-feira (5), durante uma das finais da NBA entre o Golden State Warriors e o Toronto Raptors, um torcedor foi expulso por empurrar Kyle Lowry depois que o jogador do Raptors caiu sobre uma fileira de assentos. Mas não era um fã qualquer. O causador do imbróglio era o bilionário da Bay Area, Mark Stevens, sócio-proprietário dos Warriors.
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“O comportamento do Sr. Stevens não refletiu os altos padrões que esperamos exemplificar como organização”, disse o Warriors em um comunicado posterior. “Não há lugar para essa interação entre fãs – ou qualquer outra pessoa – e os jogadores em uma partida da NBA. O Sr. Stevens não estará presente em mais nenhum outro jogo das finais da NBA em 2019.”
Pouco depois, a NBA e os Warriors divulgaram uma declaração conjunta anunciando que Stevens está banido de todos os jogos da NBA e das atividades do time por um ano, estendendo-se para a temporada de 2019-2020, além de ser multado em US$ 500 mil (quase R$ 2 milhões).
Stevens, cujo patrimônio líquido é estimado pela Forbes em US$ 2,3 bilhões, é um capitalista de risco do Vale do Silício. Ele passou dois anos na equipe técnica da Hughes Aircraft, empresa de desenvolvimento aeroespacial e de tecnologia de defesa extinta em meados dos anos 1990, seguido de cinco anos como vendedor da gigante de semicondutores Intel. Em 1989, ingressou na Sequoia Capital como associado, tornando-se sócio quatro ano mais tarde. Em suas duas décadas na Sequoia, a célebre empresa de capital de risco investiu em vários titãs da tecnologia, incluindo Google, PayPal e LinkedIn. Stevens se especializou em semicondutores, sistemas de rede e software.
Em 2011, Stevens entrou no Forbes 400 , ranking que lista as pessoas mais ricas dos Estados Unidos, com uma fortuna avaliada em US$ 1,1 bilhão graças ao IPO (oferta pública inicial de ações) do LinkedIn em maio daquele ano.
O bilionário deixou a Sequoia em março de 2012 (embora ele ainda seja um parceiro especial, de acordo com sua biografia), para abrir sua própria empresa e family office (grupo de investimentos controlado pela família), a S-Cubed Capital. Fundada em abril de 2012, a companhia investe em tecnologia, gestão de ativos financeiros, gestão esportiva, agronegócios e imóveis.
Stevens faz parte, atualmente, dos conselhos da fabricante de chips Nvidia, da startup de aprendizado de máquina focada em vídeo esportivo Second Spectrum, e da Innovium, uma fabricante de chips para data centers. Ele também participa do Conselho de Administração da Universidade do Sul da Califórnia e do Conselho Consultivo do Reitor da Harvard Business School.
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Filantropo, Stevens assinou o Giving Pledge, criado pelos bilionários Bill Gates e Warren Buffett para convencer as pessoas mais ricas do mundo a doarem mais da metade de suas fortunas para a caridade. A S-Cubed Capital também gerencia a filantropia da família, com foco na educação, meio-ambiente e pesquisa nas universidades.
O bilionário se juntou ao Warriors em agosto de 2013. Ele comprou a participação minoritária do empresário indiano-americano Vivek Ranadive, que foi obrigado a vendê-la depois de liderar um grupo para comprar uma parte do controle no Sacramento Kings. Os termos do contrato não foram divulgados.
Na época do acordo, o presidente executivo do Warriors, Peter Guber, tinha apenas coisas positivas para dizer do capitalista de risco. “Mark provará ser um grande trunfo para a nossa organização, uma vez que nos esforçamos para ser uma das franquias do modelo em esportes profissionais”, disse ele em um comunicado de imprensa. “Nós conseguimos criar um grupo de proprietários forte e completo, no qual cada indivíduo contribui para o sucesso, e Mark não é exceção. Ele é um ajuste ideal.”
Stevens não respondeu aos pedidos de entrevista.
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