O que os acordos internacionais recentes podem ensinar sobre negociação

Negócios entre Irã e EUA ou Grécia e União Europeia têm muito em comum com dia a dia corporativo

Micheline Maynard
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As últimas semanas foram muito importantes para o mundo graças às recentes negociações. O acordo entre Estados Unidos e Irã, por exemplo, mudou o cenário nuclear. Já as conversas entre União Europeia e Grécia tiveram grande impacto na economia mundial.

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Negociações podem ser confusas para quem está envolvido e, mais ainda, para quem só fica sabendo delas depois que o acordo já foi selado ou está prestes a ser. No entanto, seja sobre armas nucleares ou problemas econômicos, todos os tratados têm aspectos em comum. Veja na galeria de fotos quatro coisas que esses eventos podem ensinar sobre as negociações no dia a dia:

  • Lembre-se que prazos são flexíveis

    Ter datas fixas ajuda a agir mais rapidamente, mas quando as negociações ficam mais intensas, o relógio não pode mais ser tão importante.

    O Irã, por exemplo, teve, no começo do ano, um período de conversas e esperava-se que concluísse os acordos até março, mas só conseguiu fazê-lo no dia 2 de abril. A última negociação, programada para junho, foi fechada apenas em 14 de julho.

  • Acostume-se com o debate

    A retórica faz parte das negociações, mas tome cuidado para não confundir o que é dito em público com conversas privadas. Acordos sempre vêm com um tom de teatro. Tanto a Grécia quanto o Irã mostraram seus cenários caóticos e deixaram os amadores impressionados. Ainda assim, as conversas continuaram.

    As partes de um negócio têm de ser profissionais e fazer seus papéis em público, mas, por trás, tratam-se bem e, às vezes, até de forma bem humorada.

  • Verifique as informações dadas pelas fontes

    É comum ouvir a frase “de acordo com uma pessoa que sabe das negociações”, mas é preciso tomar cuidado. A menos que seja alguém que faz parte do acordo, cheque a informação que foi dada antes de repassá-la. Há uma hierarquia de quem sabe mais em negociações e o melhor informante é sempre aquele que está envolvido diretamente.

  • Lembre-se de que os dois lados precisam ganhar

    É muito importante lembrar que, nas negociações, os dois lados querem ganhar. No caso do Irã, a vitória foi acabar com as sansões e a recompensa será financeira. Para o resto do mundo, eliminar a ameaça nuclear foi sinônimo de ganhar. A Grécia quer retomar sua economia, enquanto a União Europeia não quer ter de lidar com problemas com a sua moeda.

Lembre-se que prazos são flexíveis

Ter datas fixas ajuda a agir mais rapidamente, mas quando as negociações ficam mais intensas, o relógio não pode mais ser tão importante.

O Irã, por exemplo, teve, no começo do ano, um período de conversas e esperava-se que concluísse os acordos até março, mas só conseguiu fazê-lo no dia 2 de abril. A última negociação, programada para junho, foi fechada apenas em 14 de julho.

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