Depois de quatro altas consecutivas, o dólar fechou esta terça-feira com a maior queda em quase quatro meses frente ao real, pressionado por uma combinação entre fluxo cambial positivo, apetite por risco no exterior e sinais de alívio do lado político interno.
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O dólar à vista caiu 1,39%, a R$ 4,0478 na venda. É a mais forte desvalorização diária desde 31 de janeiro passado (-1,77%). Na B3, o dólar futuro cedia 1,69%, para R$ 4,0400.
O real teve o melhor desempenho global nesta sessão, considerando uma lista de 33 rivais do dólar.
A melhora de clima em torno das discussões a respeito da reforma da Previdência começou a se desenhar na véspera, quando congressistas e membros ensaiaram retórica favorável à matéria. O presidente Jair Bolsonaro, inclusive, abrandou o tom e disse que valoriza o Parlamento.
Nesta terça-feira, o foco se voltou para o debate sobre votações de medidas provisórias que podem caducar em poucos dias, o que seria visto como uma derrota ao governo.
No fim da tarde, o líder da maioria na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que a intenção é votar ainda nesta terça a MP que tira limite de capital estrangeiro nas companhias aéreas.
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“Um cenário de não reforma não existe. E o mercado está vendo uma sinalização clara das forças – e do Congresso – de que a reforma precisa ser aprovada”, disse Flávio Serrano, economista-chefe do Haitong Brazil.
O profissional de um banco estrangeiro em São Paulo chamou atenção nesta terça para ingressos de recursos para o setor produtivo. O estímulo à entrada de capital fica mais destacado conforme a taxa de câmbio atinge níveis considerados mais atrativos.
Na véspera, o real caiu ao menor patamar em oito meses frente ao dólar.
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