A Administração Federal de Aviação (FAA) espera aprovar o jato 737 MAX da Boeing para retornar ao serviço no final de junho, disseram representantes do órgão regulador norte-americano à agência de aviação das Nações Unidas ontem (23), afirmaram fontes à Reuters.
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A meta, se alcançada, significa que as companhias aéreas dos EUA provavelmente não precisarão estender muito as caras suspensões dos 737 MAX, que já estão definidos para voar na temporada de pico do verão norte-americano. Apesar disso, os representantes da FAA alertaram que não há um calendário fixo para os aviões voltarem a voar.
American Airlines, Southwest Airlines e United Airlines suspenderam os voos do 737 MAX até julho e agosto depois que a FAA suspendeu operações do jato mais vendido da Boeing em março, após duas quedas no espaço de cinco meses que juntas mataram 346 pessoas.
Autoridades da FAA e da Boeing informaram secretamente os membros do conselho diretor da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) em Montreal sobre o 737 MAX na quinta-feira, o mesmo dia em que o presidente da FAA, Dan Elwell, se reuniu com reguladores aéreos internacionais por oito horas em Fort Worth, Texas.
Elwell se recusou a responder perguntas sobre o briefing privado da ICAO. “A última coisa que quero é colocar uma data e depois ter alguém, seja a FAA, seja vocês ou o público esperar apenas essa data em vez do resultado final ou do processo”, disse ele em uma entrevista coletiva com repórteres, depois do encontro de Fort Worth, que ele chamou de “construtivo”.
O caminho para colocar o 737 MAX de volta no ar fora dos Estados Unidos permanece ainda mais incerto. Canadá e Europa disseram na quarta-feira (22) que trariam de volta a aeronave suspensa em seus próprios termos, não os da FAA.
As companhias aéreas chinesas, várias das quais nesta semana fizeram pedidos formais de indenização à Boeing, devem perder 4 bilhões de iuans (US$ 579,41 milhões) com base no acordo que dura até o final de junho, disse a Associação de Transporte Aéreo da China hoje (24).
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A FAA disse que não vai reverter sua decisão de suspender o avião até avaliar as conclusões de uma análise realizada por várias agências sobre o plano da Boeing para atualizar o software do 737 MAX, que a fabricante de aviões descreveu como um elo comum nos dois acidentes.
A Boeing informou na semana passada que completou uma atualização do software, conhecido como MCAS, que impede que dados errôneos acionem o sistema ‘anti-stall’ que automaticamente forçou para baixo os narizes dos dois aviões que caíram meses atrás, apesar dos esforços dos pilotos para evitar que isso acontecesse.
Mesmo depois da FAA suspender a proibição dos voos do 737 MAX, as companhias aéreas terão de passar cerca de 100 e 150 horas preparando cada aeronave para voar novamente após a atualização, além do tempo para treinamento de pilotos no novo software, disseram à Reuters funcionários das companhias aéreas dos Estados Unidos que operam o 737 MAX.
Se a FAA atingir a previsão de aprovação do 737 MAX para voar até o final de junho, as companhias aéreas ainda terão que ajustar seus horários para a movimentada temporada de viagens do verão norte-americano.
A United retirou o MAX da sua programação de voo até 3 de julho, a Southwest até 5 de agosto e American até 19 de agosto.
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