A bolsa paulista fechou quase estável hoje (17), com o Ibovespa acumulando a terceira semana seguida de perdas, reflexo da percepção de aumento do risco político no país e do ambiente menos favorável no exterior.
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Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa terminou com variação negativa de 0,04%, a 89.992,73 pontos. O giro financeiro somou R$ 16,43 bilhões.
Na semana, caiu 4,5%, caminhando para repetir neste mês a sina dos últimos nove anos, quando fechou maio no vermelho, chancelando um famoso ditado do mercado financeiro – “sell in May and go away” (venda em maio e vá embora).
“O cenário parece cada dia mais desafiador, com a falta de articulação do governo colocando em xeque a aprovação das reformas”, destacou a equipe da Coinvalores em nota a clientes.
A corretora destacou o fato de o presidente Jair Bolsonaro ter voltado a enfatizar questões ideológicas, dificultando uma aproximação com o Congresso e deixando o ministro da Economia, Paulo Guedes, isolado na luta pela reforma da Previdência.
Investidores já veem com preocupação o contágio na atividade econômica oriundo do atraso no andamento da proposta que muda as regras de acesso a aposentadorias, com empresários pouco dispostos a tomar risco.
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Em evento no Rio de Janeiro, contudo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a matéria será aprovada na Casa até “no máximo” o início de julho.
Para o estrategista de mercados emergentes do banco Julius Baer, Mathieu Racheter, a aprovação da reforma continua sendo o fator mais importante para reconstruir a confiança e impulsionar o crescimento econômico.
“Esperamos que a volatilidade do mercado permaneça em níveis elevados nas próximas semanas”, afirmou.
No caso da Bovespa, o vencimento de contratos de opções sobre ações na segunda-feira (20) corrobora com tal volatilidade, dada a participação relevante no Ibovespa de papéis que figuram entre as séries mais líquidas no exercício.
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Os estrategistas Daniel Gewehr e João Noronha, do Santander Brasil, notaram que as perspectivas para as ações brasileiras pioraram no curto prazo, em meio à decepção com crescimento recente do país e renovadas preocupações com a economia global.
No exterior, o embate comercial entre os Estados Unidos e a China seguiu adicionando cautela. A rede de TV norte-americana “CNBC” noticiou, citando fontes, que as negociações estagnaram. Em Nova York, o S&P 500
caiu 0,58%.
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