O dólar apresenta leve queda na manhã de hoje (17), à espera da reunião do Federal Reserve nesta semana e monitorando a cena política local.
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Às 10h09, o dólar recuava 0,21%, a R$ 3,8912 na venda
Na sexta-feira (14), o dólar fechou com alta de 1,16%, a R$ 3,8992 na venda, maior avanço ante o real em quase um mês. Na semana passada, acumulou alta de 0,56%.
Neste pregão, o dólar futuro perdia cerca de 0,15%.
Desde sexta-feira, investidores estão montando posições em preparação para a decisão de política monetária do Fed na quarta-feira (19), sob expectativa de que o banco central norte-americano dê alguma sinalização sobre a proximidade de um corte de juros.
“O mercado todo está olhando para isso com muito cuidado e expectativa… Com certeza [o Fed] dará uma sinalização de como serão as próximas reuniões”, disse Jefferson Laatus, sócio-fundador do Grupo Laatus.
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Também na quarta-feira, o Banco Central anuncia sua decisão de política monetária, com expectativa de que o Copom ofereça sinalização sobre eventual corte de juros.
Na sexta-feira, o mercado embutia 22% de probabilidade de corte de 0,25% da Selic na próxima quarta-feira. No fim de maio, essa chance estava na casa de 8%.
Nesta segunda-feira, pesquisa Focus do BC mostrou que os economistas veem três cortes seguidos de 0,25% na Selic, em setembro, outubro e dezembro, terminando o ano a 5,75%.
A expectativa pelas decisões de política monetária mantém o mercado em compasso de espera até quarta-feira, o que deve refletir em pregões mornos nesta segunda e terça-feiras, avaliou Laatus.
A reforma da Previdência segue no radar de agentes financeiros como o fato mais importante da pauta econômica, mas deve ficar como coadjuvante nesta semana mais curta em razão do feriado de Corpus Christi.
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No entanto, pontua Laatus, qualquer declaração ou evento ligado à tramitação da proposta tem potencial de refletir no câmbio.
No sábado (15), o presidente Jair Bolsonaro evitou tomar partido em relação ao entrevero envolvendo o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre o relatório da reforma da Previdência apresentado nesta semana no Congresso Nacional.
“O episódio marca uma fratura na relação mais próxima do Congresso com a equipe econômica, que contornava os problemas de articulação política do governo”, avaliaram analistas da XP Investimentos, em nota.
Laatus avalia que a tensão entre Guedes e Maia já foi superada, acrescentando que também é página virada, ao menos por ora, a saída conturbada de Joaquim Levy da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) durante o fim de semana.
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“A saída do Levy não foi vista como ruim, pelo menos não por ora. O mercado está preocupado com quem vai assumir e com o direcionamento que vai ser dado”, explicou o especialista.
O BC realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.
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