Tomar decisões de design inteligente é mais difícil do que você imagina. Primeiro, é preciso abrir mão das suas preferências pessoais. Depois, tem que se levar em consideração pontos de vista alternativos. E, por fim, usar informações para desenvolver um produto que vá beneficiar o usuário final.
Jocelyn Lin é diretora de design do Yahoo e da Polyvore, onde ela gerencia uma equipe de designers encarregados de criar experiências envolventes para a comunidade global de estilo da companhia. Antes de entrar na Polyvore, Jocelyn era UX designer no Google, onde liderou iniciativas para o Google Maps, o Image Search e o Universal Search. Antes de trabalhar no gigante de buscas, era gerente de produto na Oracle.
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“Eu lidero uma equipe de designers, mas sou mais eficiente quando saio do caminho deles e deixo que eles façam seu melhor”, afirma Jocelyn . “Eu faço isso por meio da criação de produtos e processos de design, do encontro de direcionamentos inter-funcionais, da facilitação da colaboração e de feedbacks estratégicos do produto. Quando as coisas não dão certo nos projetos, eu atuo como detetive para encontrar a fonte do problema e dou à minha equipe o apoio necessário para resolver. Eu também atuo ativamente como mentora para ajudar o meu time a melhorar as habilidade e trabalhar sua carreira.”
De acordo com Jocelyn, uma “decisão de design inteligente” é uma decisão que ajuda a mover o projeto em direção ao produto. Para isso, ela afirma que é necessário ter bom senso sobre seus objetivos, além de saber exatamente se o projeto é focado para os negócios ou para um usuário. Uma comunicação clara e antecipada com parceiros e engenheiros vai definir as metas do projeto antes de iniciá-lo. “Quando você encontra uma discordância, é preciso identificar os caminhos mais divergentes no maior nível possível, decidir com as pessoas corretas e seguir em frente”, diz.
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Para Jocelyn, uma das habilidades mais importantes e úteis para um gerente de design é saber analisar processos e progressos, e depois fazer ajustes para melhorá-los, o que resulta em uma equipe satisfeita com seu trabalho. Outro know how essencial é entender o que está por trás de coisas que as pessoas consideram inestimáveis. Em discussões mais complicadas, essa habilidade permite maior foco, o que deixa a direção mais definida e o designer melhor.
Para tudo isso funcionar, a designer afirma que é necessário saber quando intervir e quando se afastar. “Eu gosto de pensar que isso é como um radar de estresse. Ele detecta como os indivíduos estão com seus projetos – quando é um estresse saudável gerado por uma atividade intensa ou quando é algo insalubre, abastecido de conflitos pessoais, por exemplo.”