Planejamento de um processo de reprodução assistida
Com a disputa maior entre empresas por profissionais talentosos em diversas áreas, o apoio à maternidade e o incentivo à diversidade começam a guiar a oferta de benefícios oferecidos. Na última semana, a PepsiCo anunciou que passa a dar apoio para reprodução assistida, além de retificação de nome dos colaboradores. “O objetivo é proporcionar mais qualidade de vida e equilíbrio entre vida pessoal e profissional”, diz Fabio Barbagli, vice-presidente de RH da PepsiCo Brasil. Segundo ele, essas ações deixam os funcionários felizes e, consequentemente, ajudam a impulsionar o negócio.
O programa Minha Hora, pensado para pessoas que desejam engravidar, oferece apoio financeiro para os tratamentos de reprodução assistida, como fertilização in vitro, inseminação artificial, além de congelamento de óvulos, entre outros procedimentos, com um reembolso anual de até R$ 25 mil.
A empresa também vai custear e prestar apoio jurídico para retificação de nomes de seus funcionários trans. Também é oferecido suporte psicológico por meio de programas internos de apoio à saúde mental e terapia junto ao plano de saúde, sem limite de sessões.
O movimento vai além da PepsiCo e benefícios como esses também são oferecidos por outras grandes companhias. Dados de uma pesquisa da consultoria de RH Mercer mostraram que até 2015 pouco menos de um quarto das grandes empresas (com 500 ou mais funcionários) cobriam a fertilização in vitro. Em 2020, esse número subiu para 27%, e, no ano passado, para 36%.
Nos EUA, Intel, Bank of America, Johnson & Johnson e Starbucks oferecem tratamentos de fertilidade como benefício corporativo.
Outras empresas com benefícios de fertilidade
No Brasil, Grupo Fleury, Mercado Livre e LinkedIn são algumas das grandes corporações com iniciativas nesse sentido.
Em 2021, quando o Fleury inaugurou uma clínica de fertilidade, passou a oferecer seus produtos também aos seus funcionários. Esse benefício está dentro do programa Amor de Mãe, que dá suporte a gestantes da empresa durante todo esse período. A companhia oferece até 40% de desconto em serviços de reprodução assistida, como congelamento de gametas e fertilização in vitro.
Desde 2018 o Mercado Livre custeia 70% do congelamento de óvulos de funcionárias que quiserem usar o benefício. E o LinkedIn oferece reembolso de R$ 22 mil por tentativa de fertilização. O benefício vale para todos os funcionários, que podem fazer até três tentativas em qualquer clínica.
Empresas com benefício de retificação de nome
Microsoft
A Microsoft Brasil ampliou seu plano de saúde em agosto deste ano e passou a oferecer tratamento para transição de gênero para funcionários transexuais da empresa. Também estarão cobertos tratamento para fertilidade, para pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e câncer, além de cirurgia bariátrica. “A qualidade de vida dos colaboradores está no centro da nossa estratégia de negócios”, diz Danni Mnitentag, vice-presidente de parceiros e canais da Microsoft e novo líder de D&I (Diversidade e Inclusão) da empresa.
Meta
Em junho, a Meta já havia ampliado o plano de saúde dos seus funcionários para cobrir os custos de transição de gênero. O Suporte e Cobertura de Saúde Transgênera na Meta para a América Latina inclui serviços médicos e auxiliares. Os participantes do programa terão acesso a uma cobertura mais ampla do plano médico corporativo, além dos recursos de saúde mental já oferecidos pela empresa. O benefício já está disponível no Brasil e no México e também será estendido à Argentina e à Colômbia.
Ambev
Em junho, considerado o Mês do Orgulho LGBTQIA+ ao redor do mundo, a Ambev lançou a iniciativa “Me chame pelo meu nome (e pronome também)”. A ideia é apoiar os funcionários trans e travestis no processo de retificação de seus nomes com a ajuda de um advogado especializado no assunto.
EcoRodovias
No mesmo mês, a empresa de infraestrutura EcoRodovias anunciou uma medida semelhante e passou a custear o processo de retificação de nome e gênero em cartório e documentos oficiais para os seus funcionários. A empresa já fazia o registro do nome social no crachá e email, mas isso não valia para toda a documentação do funcionário, o que poderia trazer desconforto.
Heineken
O Grupo Heineken também adotou o serviço de retificação de nome para funcionários trans como um benefício fixo. Eles também têm acesso a suporte psicológico.
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