Ex-CEO da Alpargatas, Beto Funari vai para conselho da consultoria The Bakery

"Abrir mão do crachá é um exercício de humildade", diz Funari, que vai usar as relações que construiu em 36 anos de carreira nos seus novos negócios

Fabiana Corrêa
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Beto Funari

Beto Funari deixou a presidência da Alpargatas em abril passado e vem trilhando uma carreira mais diversa desde então

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Roberto Funari acaba de assumir um lugar no conselho de administração da consultoria de inovação The Bakery, uma empresa fundada por britânicos com atuação global. Entre os clientes, Visa, Vale, Mondelez. Em abril do ano passado, o executivo deixou o posto de CEO da Alpargatas, onde passou quatro anos. “Foi um ano de reinvenção em que me dediquei a trilhar uma carreira plural”, diz o executivo.

A vida depois do crachá nem sempre é fácil para quem foi funcionário a carreira toda. E pode ficar um pouco mais difícil para executivos que passaram por empresas cujo nome carrega um certo glamour ou são referência em seus mercados. Além do prestígio que vem junto com a assinatura do email, há benefícios, bônus consideráveis e um time de apoio para realizar o que se planeja. “Abrir mão do crachá é um exercício de humildade. Você deixa de lado status e poder, mas eu estou substituindo tudo isso por propósito.”

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A nova vida vem permitindo experiências variadas que Funari não teve a oportunidade de trilhar antes. Ocupar cadeiras em conselhos, principalmente de empresas orientadas para o setor de consumo, fazer o planejamento estratégico do Projeto Gauss, Ong que apoia a educação de jovens de alto potencial e poucos recursos. “Também fundei um pequeno fundo de venture capital que já investe em três empresas e está ampliando o portfólio.”

Além da experiência acumulada durante os 36 anos de carreira com ênfase na indústria de consumo, Funari vai usar as relações que construiu nesse tempo para identificar possíveis novos negócios e contribuir para a expansão da The Bakery. É algo que seu networking permite. Mas, para ele, a construção dessa rede tem que ser algo natural ao longo da carreira. “Criei duas redes importantes: uma é de apoio, com mentores, especialistas, aquela rede que você recorre nos momentos mais desafiadores. A outra é de colaboração: são as relações comerciais, os contatos de negócios etc. O importante é sempre você dar algo em troca para as pessoas.”

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