2 sinais de que você tem uma amizade tóxica

Psicólogo explica como identificar comportamentos ruins em pessoas que deveriam ser seu porto seguro

Mark Travers
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Nem toda amizade é saudável, mas algumas dicas podem te ajudar a perceber quando alguma se torna tóxica

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Muitas pessoas procuram terapia buscando compreender e lidar com amizades problemáticas. Elas dizem coisas como:

  • “Essa pessoa me conhece há tanto tempo, por que eu não posso ser eu mesma perto dela?”
  • Por que ela sempre estraga tudo de bom que compartilho com ela?”
  • Não confio nela. Isso é normal?”
  • “Por que fico sempre tenso e calado quando estou com ela?”

Nós investimos muito tempo e confiança em nossas amizades, por isso, pode ser difícil reconhecer quando alguma se torna tóxica. E apontar esse comportamento problemático pode ser ainda pior. Se perguntas como as acima estão passando pela sua cabeça, veja dois sinais de que sua amizade azedou e que algo precisa mudar:

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    Imagine o seguinte cenário: você e seu melhor amigo fazem piadas um com o outro de vez em quando, mas tudo bem, já que um pouco de brincadeira é saudável para uma amizade. No entanto, ultimamente você começou a se sentir desconfortável. Ele te coloca em situações difíceis e te humilha para fazer outras pessoas rirem; te provoca em ambientes públicos e revela aleatoriamente segredos que jurou guardar.

    Pesquisas publicadas no American Journal of Sociology sugerem que intimidação e agressão são, na verdade, mais comuns dentro de círculos de amizade do que fora deles. Quando uma pessoa recorre a vitimizar alguém para ganhar popularidade ou atingir outros objetivos, geralmente começa com um amigo.

    Por quê? Porque é fácil e conveniente. Vocês conhecem os pontos sensíveis um do outro. A linha entre o que é aceitável e o que não é muitas vezes é difusa — você pode acabar sentindo que não é brincalhão o suficiente ou que se ofende facilmente.

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    O que é importante lembrar em momentos assim é que o que te machuca, te machuca. Questionar o que você sente minimiza o que você está passando. Algumas pessoas até tentam reprimir esses sentimentos para impressionar ou provar algo a seus ‘falsos amigos’, mas a verdade é que existem apenas duas maneiras de lidar com essa situação:

    #1. Ter uma conversa honesta. Pode ser hora de deixar o medo de lado e ser sincero com seu amigo. Estabeleça limites sobre as coisas que podem e não podem se tornar piadas. Se ele realmente se importa com você, vai te ouvir e mudar seu comportamento.

    #2. Cortar o vínculo. Se seu amigo continuar a te intimidar mesmo depois da conversa, talvez seja melhor reconsiderar a presença dessa pessoa na sua vida. No final do dia, amizades devem ser espaços seguros. Se você se sente inseguro em uma delas, provavelmente vai ficar melhor sem ela.

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    #2. Parasitas discretos

    Você tem algum amigo que só te procura quando precisa de carona? Você começou a evitar as ligações de um certo amigo porque ele só lembra de você quando precisa desabafar? Existe algum que sempre espera que você esteja lá por ele, mas nunca aparece por você.

    Esses são todos exemplos clássicos de amizades parasitas. Um amigo parasita foca demais no aspecto de “receber” na dinâmica de dar e receber em uma amizade. Embora exista questões utilitárias em quase todas as amizades (por exemplo, compartilhar caronas, trocar roupas, cuidar de animais de estimação etc.), as coisas podem ficar complicadas quando a ajuda vem apenas de um lado.

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    Uma amizade saudável é baseada em carinho mútuo e respeito. Se você suspeita que uma pessoa pode ser mais um parasita do que um amigo para você, aqui estão duas perguntas que você pode fazer a si mesmo para ter certeza:

    #1. Você se sente objetificado? Quando essa pessoa pede sua ajuda, ela oferece ajuda em troca? Ela expressa gratidão? Ela considera como esse ato de ajuda pode estar te afetando? Se suas respostas a essas perguntas forem “não”, você pode estar lidando com um parasita – alguém que te faz sentir mais como um objeto e menos como uma pessoa.

    #2. Você se sente esgotado? Amizades parasitas podem ser materiais ou emocionais (ou ambos). Uma amizade saudável geralmente recarrega seu reservatório emocional, enquanto uma amizade parasita pode esvaziá-lo.

    Pesquisas publicadas no British Journal of Social Psychology mostram que relacionamentos baseados em interesse raramente duram, pois ninguém pode ser útil para outra pessoa para sempre. Está nas suas mãos colocar um fim em uma amizade que está se alimentando de você, antes que ela decida que não precisa mais de você.

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    Conclusão

    Lá no fundo, todos nós sabemos como é uma verdadeira amizade. A melhor coisa a fazer ao fazer amigos é ouvir sua intuição e ter uma conversa honesta quando algo não parecer certo.

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Imagine o seguinte cenário: você e seu melhor amigo fazem piadas um com o outro de vez em quando, mas tudo bem, já que um pouco de brincadeira é saudável para uma amizade. No entanto, ultimamente você começou a se sentir desconfortável. Ele te coloca em situações difíceis e te humilha para fazer outras pessoas rirem; te provoca em ambientes públicos e revela aleatoriamente segredos que jurou guardar.

Pesquisas publicadas no American Journal of Sociology sugerem que intimidação e agressão são, na verdade, mais comuns dentro de círculos de amizade do que fora deles. Quando uma pessoa recorre a vitimizar alguém para ganhar popularidade ou atingir outros objetivos, geralmente começa com um amigo.

Por quê? Porque é fácil e conveniente. Vocês conhecem os pontos sensíveis um do outro. A linha entre o que é aceitável e o que não é muitas vezes é difusa — você pode acabar sentindo que não é brincalhão o suficiente ou que se ofende facilmente.

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*Mark Travers é colaborador da Forbes USA. Ele é um psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.

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