O dólar caiu ao menor patamar em dois meses hoje (11), na faixa de R$ 3,85, na esteira de maior otimismo sobre reformas no plano doméstico e da fraqueza da moeda norte–americana no exterior.
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O real teve o terceiro melhor desempenho global nesta sessão, numa lista dominada por divisas emergentes, embaladas por alívio em tensões comerciais entre Estados Unidos e México, além de expectativas de cortes de juros nos EUA.
“No curto prazo não me parece que o dólar vai subir”, disse Helena Veronese, economista-chefe e estrategista da Azimut Brasil Wealth Management. Segundo ela, os níveis bem acima de R$ 4 alcançados durante maio estavam excessivos, e agora o mercado devolve o prêmio de risco conforme melhora a perspectiva para a reforma previdenciária.
“Mas ainda não me parece que voltaremos às mínimas perto de R$ 3,65 (do começo do ano). Acredito que só depois da Previdência (aprovada)”, completou.
A volatilidade implícita das opções de dólar/real para três meses caiu abaixo de 13%, para o menor patamar em duas semanas, evidência da menor percepção de risco do mercado.
Na véspera, após os vazamentos de conversas envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a volatilidade se aproximou de 13,4%, máxima desde o fim de maio.
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O dólar à vista caiu 0,88%, a R$ 3,8504 na venda. É o menor patamar desde 10 de abril (R$ 3,824). Na B3, a referência do dólar futuro cedia 0,84%, a R$ 3,8590.
A perspectiva relacionada às reformas se viu fortalecida nesta sessão depois de o governo ter obtido vitória na Comissão Mista de Orçamento (CMO), que aprovou projeto que autoriza R$ 248,9 bilhões em créditos orçamentários fora da regra de ouro.
A aprovação sinaliza melhora na articulação política do governo Jair Bolsonaro com o Congresso, o que, para o mercado, indica um cenário melhor para obtenção de votos necessários na Câmara dos Deputados para aprovar a reforma previdenciária.
Nessa linha, o mercado gostou ainda de declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que blindará a Câmara de crises em prol da aprovação de reformas.
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O comentário de Maia veio em meio a potencial turbulência após divulgação de supostas mensagens envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Desde a máxima em oito meses batida em 20 de maio (R$ 4,10485), a moeda norte-americana acumula queda de 6,2%.
Para Thiago Silencio, operador de câmbio da CM Capital Markets, o nível de suporte imediato agora é R$ 3,845, patamar que, se rompido, dá espaço para o dólar testar R$ 3,838 e R$ 3,821.
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