O dólar fechou em leve alta ante o real hoje (10), em um dia de cenário misto para moedas de risco e com o mercado local tentando mensurar eventuais impactos sobre a articulação política decorrentes de notícias envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
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A moeda norte-americana à vista subiu 0,18%, a R$ 3,8846 na venda. Na B3, o contrato mais líquido para o dólar futuro tinha ganho de 0,23%, a R$ 3,8925.
O “Intercept” publicou ontem (9) uma série de reportagens, com base em supostos arquivos que a equipe do site diz ter recebido de uma fonte anônima, mostrando presumida colaboração entre Moro, a época juiz, e o coordenador da operação Lava Jato no Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol.
Investidores, contudo, argumentaram que o risco de impactos sobre o encaminhamento da reforma da Previdência – que está em comissão especial da Câmara – é baixo.
“É o Congresso que está tocando essa pauta com o Guedes [ministro da Economia, Paulo Guedes], não o governo”, disse um gestor em São Paulo.
Depois de cair 6% entre meados de maio e o começo de junho, o dólar esboça acomodação pouco abaixo de R$ 3,90. De forma geral, o mercado segue confiante na aprovação da reforma previdenciária e vê o real com potencial de melhor performance do que seus pares.
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O Goldman Sachs passou a recomendar compra de real contra dólar australiano, citando que o “trade” é menos suscetível às intempéries externas.
“Essa estratégia se aproveita da situação idiossincrática dos dois países, e pode performar se as tensões comerciais sino-americanas escalarem ainda mais, devido à forte ligação comercial da Austrália com a China”, disse em nota Ian Tomb, estrategista macro do Goldman.
Desde 20 de maio, o real acumula ganho de 4,6% ante o dólar australiano, em termos nominais.
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