O Mercado Livre está investindo em logística na América Latina e anunciou a abertura de três novos centros de distribuição na Argentina, Brasil e México este ano para acelerar as entregas diante da forte concorrência.
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A companhia argentina, que está listada na Nasdaq, deve abrir um novo centro de distribuição de 100 mil metros quadrados no México este mês, depois de inaugurar o primeiro na Argentina em fevereiro e o segundo no Brasil em março.
“Uma entrega rápida realmente contribui para o crescimento do comércio eletrônico, então nosso plano é abrir mais centros de distribuição como esses”, disse o vice-presidente de operações, Stelleo Tolda, em entrevista na semana passada.
O Mercado Livre fez uma parceria com o grupo logístico alemão DHL para instalar um depósito de 111 mil metros quadrados no município de Cajamar, nos arredores de São Paulo, onde a rival americana Amazon instalou seu tão aguardado atendimento interno e centro de entrega no Brasil.
A nova unidade do Mercado Livre mais que dobra sua capacidade logística no Brasil, que já inclui um depósito de 51 mil metros quadrados em Louveira, também em São Paulo.
Tolda disse que o próximo grande lançamento será no México, onde a empresa deve abrir um centro de atendimento de 100 mil metros quadrados na cidade de Tepotzotlán, mais de três vezes o tamanho de seu primeiro depósito mexicano em Cuautitlán. Ambos exigiram um investimento de US$ 100 milhões.
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A empresa investiu US$ 2 bilhões em toda a América Latina no ano passado, com cerca de um quarto disso focado em logística.
Este ano, o Mercado Livre planeja elevar os investimentos de capital no Brasil para R$ 3 bilhões, ante R$ 2 bilhões no ano passado.
O Brasil ainda é o maior mercado da empresa, representando 60% da receita total, mas o crescimento no México vem se acelerando e o país pode em breve passar a Argentina para se tornar o segundo maior mercado, disse Tolda.
Fundado em 1999, o Mercado Libre tem mais de 274 milhões de usuários e mais de 12 milhões de vendedores em 18 países da América Latina.
“O potencial de comércio eletrônico ainda não foi totalmente explorado nos países em que estamos presentes e nosso foco é crescer nesses mercados”, acrescentou.
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Além da logística, o Mercado Livre também aposta no seu braço de pagamentos, Mercado Pago, e planeja lançar novos produtos para sua carteira digital, que já oferece empréstimos a vendedores e compradores, além de pagamentos via código QR.
“Agora temos uma conta pagando juros, mas nosso plano de médio prazo é oferecer produtos mais sofisticados, como seguros e fundos de investimento”, disse Tolda, sem dar detalhes.
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