Entenda por que 2018 será bom para o mercado de ações

Especialistas apontam fatores como a estabilidade econômica na China e a menor valorização do dólar norte-americano

Redação
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O mercado de ações teve um bom impulso neste ano, com um aumento de mais de 15% no Standard & Poor’s 500 (índice que reúne 500 empresas cotadas nas bolsas de Nova York ou Nasdaq). Porém, a grande onda de otimismo iniciada em 2009 deixa as pessoas um pouco nervosas sobre o quanto isso pode durar.

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Mas, de acordo com Nicholas Atkeson e Andrew Houghton, fundadores da Delta Investment Management, o mercado de ações também deve ter um bom desempenho em 2018. Se a proporção entre preço/ganhos permanecer constante como nos últimos dois anos, o S&P 500 deve continuar alto, alinhado com ganhos de cerca de 11%.

Veja, na galeria de fotos, 10 motivos levantados pelos especialistas para acreditar que os bons tempos devem continuar em Wall Street no ano que vem:

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    Expansão econômica global: sem recessão à vista nos EUA

    O mercado global de ações (como representado pelo índice MSCI AC World Index) apresentou ganhos por 12 meses consecutivos, o que é um recorde, e está no caminho para registrar ganhos em cada um dos meses de um ano inteiro pela primeira vez nos 30 anos de história do índice.

    Cada uma das 45 maiores economias monitoradas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico está em expansão. Os especialistas preveem aceleração no PIB mundial em 2018 em relação a 2017.

    Nos Estados Unidos, as curvas do tesouro e do índice de atividade econômica não indicam uma recessão iminente. Rendimentos de curto prazo maiores do que rendimentos de longo prazo seriam um problema, mas não é o caso atualmente.

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    China estável e em crescimento

    No fim de 2015 e início de 2016, preocupações sobre a desaceleração da China fizeram com que os investidores temessem uma recessão global. Porém, o país não quebrou economicamente. O PIB chinês cresceu 6,8% no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, as vendas do varejo de setembro aumentaram 10,2%, a produção industrial avançou 6,6% e o investimento em ativo fixo cresceu 7,5% nos primeiros nove meses de 2017. A temida desaceleração se transformou em um ambiente de crescimento estável.

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    Mercados de créditos públicos e privados pró-crescimento

    A Europa e o Japão continuam com flexibilização quantitativa. Nos Estados Unidos, a emissão de dívidas corporativas atingiu novos níveis. O dinheiro levantado neste mercado é bom para títulos, já que os fundos são utilizados para recompra de ações, dividendos, investimentos, fusões e aquisições e aposentadoria de uma dívida mais dispendiosa. Os balanços corporativos estão em excelente forma.

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    Baixa inflação

    A inflação nos EUA tem ficado, em média, abaixo dos 2% nos últimos 20 anos. Os especialistas acreditam que essa taxa se mantenha no próximo ano. A globalização e a tecnologia são condutores seculares de baixa inflação e os níveis médios estão abaixo de 1%.

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    Incremento das ações

    Os ganhos por ação do MSCI Ac World Index (ACWI) estão acima de US$ 30. Nos Estados Unidos, a expectativa é que os ganhos do S&P 500 avancem cerca de 11% na comparação com o ano anterior.

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    Mudança de mercado para tecnologia

    Das 10 maiores corporações do mundo em 2009, apenas uma era de tecnologia – a Microsoft. Hoje, sete das 10 maiores companhias ao redor do globo são do setor, incluindo Apple, Google/Alphabet, Microsoft, Facebook, Amazon, Alibaba e Tencent. A mudança para uma economia dominada pela tecnologia oferece um grande impulso nos ganhos.

    Mais de um quinto do S&P 500 é representado pela área de tecnologia. O crescimento de receita no setor para 2018 é estimado, pelos especialistas, em 9,4%, o que deve conduzir para um crescimento de ganhos de 35%. No último mês, a previsão de aumento da receita foi revisado de 8,7% para os atuais 9,4%.

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    Dólar mais fraco

    Outro impulso para o aumento de ganhos nos EUA é o dólar mais fraco. Na comparação com o euro, o iene, a libra, o dólar canadense, a coroa sueca e o franco suíço, a moeda norte-americana caiu cerca de 9% no acumulado do ano. Isso torna os produtos fabricados nos Estados Unidos mais competitivos no mercado externo.

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    Fluxos positivos de investimentos em ações, mas bem abaixo das altas históricas

    Globalmente, os investidores estão colocando dinheiro em ações, o que causou uma alta de mais de 40% em 2017. Isso mostra um comportamento otimista e consistente. A alta anterior foi em 2013, quando o mercado estava se recuperando da crise financeira.

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    As correlações estão baixas

    O mercado de ações sofre quando há medos generalizados conduzindo a compra e venda. As correlações chegam perto de 1 durante períodos de crise e, em contrapartida, caem em períodos mais otimistas, já que os investidores compram e vendem papéis com base em méritos individuais e não em um sentimento macro.

    As correlações chegaram a quase 0,9 em 2008, durante a crise financeira. Já no início dos anos 1990, quando o mercado estava muito otimista, esse índice chegou a ficar abaixo de 0,4. Hoje, está em cerca de 0,3.

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Expansão econômica global: sem recessão à vista nos EUA

O mercado global de ações (como representado pelo índice MSCI AC World Index) apresentou ganhos por 12 meses consecutivos, o que é um recorde, e está no caminho para registrar ganhos em cada um dos meses de um ano inteiro pela primeira vez nos 30 anos de história do índice.

Cada uma das 45 maiores economias monitoradas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico está em expansão. Os especialistas preveem aceleração no PIB mundial em 2018 em relação a 2017.

Nos Estados Unidos, as curvas do tesouro e do índice de atividade econômica não indicam uma recessão iminente. Rendimentos de curto prazo maiores do que rendimentos de longo prazo seriam um problema, mas não é o caso atualmente.

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