No Forbes Radar de hoje (25), a Casa & Vídeo enviou um prospecto de Oferta Pública Inicial (IPO, em inglês) para Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na última sexta-feira (22), a Omega Geração realizará um follow-on de 24 milhões de ações (ainda não precificadas) e a CNS realizará uma oferta primária de 372 milhões de ativos, com isso, a companhia pode levantar R$ 7 bilhões. Veja estes e outros destaques corporativos:
Eletrobras (ELET6)
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, anunciou sua renúncia ao cargo, alegando motivos pessoais, conforme fato relevante divulgado ontem (24). De acordo com o comunicado, ele permanecerá na função até o dia 5 de março, para a transição a seu sucessor, ainda a ser indicado. Segundo analistas, a saída de Ferreira Junior dificulta a privatização da companhia.
Em outro documento divulgado ao mercado, a Eletrobras informou que foi julgado improcedente o recurso de Embargos de Declaração, interposto pela Eletrobras, no processo em trâmite na 14ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro. A companhia terá que pagar R$ 1,3 bilhão à Gerdau.
A estatal foi condenada por conta de uma dívida do empréstimo compulsório, mas a decisão é passível de recurso.
CNS (CMIN3)
A CSN divulgou o prospecto preliminar da Oferta Pública Inicial (IPO, em inglês), com a faixa indicativa entre R$ 8,50 e R$ 11,35 por papel. Serão ofertadas 161 milhões de ações primárias e 372 milhões na secundária. Com isso, a companhia pode levantar até R$ 7 bilhões.
A CSN Mineração afirmou que pretende utilizar os recursos da oferta primária em projetos de expansão, tais como o projeto Itabirito P15 e de recuperação de rejeitos da barragem Pires e Casa de Pedra, a principal mina da empresa, localizada em Congonhas (MG).
Atualmente a CSN tem 87,5% da CSN Mineração e após a operação, sem considerar os lotes adicionais de papéis, ficará com fatia de 79,1%.
Omega Geração (OMGE3)
A Omega Geração anunciou uma oferta de ações com distribuição secundária (follow-on, em inglês) de 24 milhões de ações, que pretende precificar no próximo dia 28.
Considerando o preço de fechamento do dia 22, de R$ 41,75, a oferta, que tem o Itaú BBA como coordenador, pode movimentar R$ 1 bilhão.
A oferta terá como acionista vendedor o fundo de investimento em participações Bolt, administrado por Santander Caceis Brasil Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. e gerido por Tarpon Gestora de Recursos.
Casa e Vídeo
A Casa e Vídeo registrou o pedido de IPO na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A distribuição pública primária de ações será realizada no Brasil em mercado de balcão. A precificação ainda não foi definida.
Em 31 de dezembro de 2020, a Companhia contava com 215 pontos de venda (151 lojas tradicionais e 62 Lojas Mini), com forte presença no Rio de Janeiro e Espírito Santo, além de início de expansão para São Paulo e Minas Gerais. A receita líquida da Companhia cresceu a uma taxa composta anual média (CAGR) de 7,4% no período entre 2018 (R$ 967 milhões) e 2020 (R$ 1 milhão).
De acordo com o prospecto, “simultaneamente, no âmbito da oferta, serão também realizados esforços de colocação das Ações no exterior pelo Itau BBA USA Securities, Santander Investment Securities, BTG Pactual US Capital, Citigroup Global Markets e XP Investments.
Vale (VALE3)
O ex-sócio da Vale, Beny Steinmetz, foi condenado por corrupção e falsificação relacionadas a sua empresa BSG Resources Limited (BSGR) na última sexta-feira (24), que adquiriu direitos minerários em Simandou, uma antiga joint venture da Vale, na República do Guiné. O tribunal condenou Steinmetz a cinco anos de prisão com multa de 50 milhões de francos suíços.
De acordo com o comunicado divulgado ao mercado, “a decisão do tribunal suíço de responsabilizar pessoalmente Steinmetz pelos seus atos de corrupção segue em linha com a sentença do Tribunal Arbitral Internacional de Londres de abril de 2019, que considerou que a BSGR incorreu em fraudes contra a Vale ao ocultar da empresa as práticas de suborno e corrupção da BSGR, a fim de assegurar o investimento da Vale em Simandou. O tribunal condenou a BSGR a pagar à Vale o valor de US$ 2 bilhões em indenizações”.
Outras duas pessoas associadas a Steinmetz também foram consideradas culpadas, uma delas por suborno e falsificação e a outra apenas por suborno.
Fleury (FLRY3)
Em comunicado, o Fleury nomeou Ivan Luiz Gontijo Jurior, atual membro suplente do Conselho de Administração da companhia, para o cargo de membro efetivo do referido órgão, com mandato até a próxima assembleia geral, após a saída de Vinicius José de Almeida Albernaz, que renunciou ao cargo no final de 2020.
Cosan (CSAN3)
A Cosan declarou que as empresas Cosan Logística e Cosan Limited serão incorporadas à Cosan e haverá uma reorganização societária. Com a consumação da operação, que está prevista para 5 de março, os acionistas receberão ações da empresa de acordo com a relação de troca definida para os ativos.
Os acionistas que quiserem se retirar da Cosan Logística (RLOG3) terão o prazo de até 23 de fevereiro para finalizarem a operação de retirada.
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Gafisa (GFSA3)
A Gafisa anunciou que retomará a divulgação de suas projeções de lançamento de empreendimentos visando dar mais visibilidade e fornecer informações sobre a estratégia da companhia em 2021, e que buscará lançar neste ano R$ 1,5 bilhão a R$ 1,7 bilhão em Valor Geral de Vendas (VGV).
“Esta expectativa representa cerca do dobro do volume em 2020”, destaca o vice-presidente de Finanças e Gestão da companhia, Ian Andrade.
Light (LIGT3)
A Light declarou que o fundo de investimentos Samambaia Master ampliou sua participação na companhia, passando a deter cerca de 74,5 milhões de ações ordinárias, que equivalem a 20,01% do capital social. Antes, o fundo gerido por Ronaldo Cezar Coelho possuía uma fatia total de 17,53%, segundo informações do site da companhia. A conclusão da oferta movimentou R$ 2,7 bilhões.
“Conforme a correspondência enviada pelo fundo, sua participação acionária detida tem por objetivo o investimento na companhia sem a intenção de alterar a sua composição de controle ou estrutura administrativa e não visa atingir nenhum percentual de posição acionária em particular”, disse a Light em comunicado.
Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil retomou o processo de venda de sua unidade de gestão de recursos, a BB DTVM (Distribuidora de Títulos e Valores Imobiliários). O processo de venda da gestora de recursos teve início em 2019, sob o comando do ex-presidente Rubem Novaes. Contudo, havia sido interrompido em fevereiro de 2020, após o BB considerar as propostas entregues muito baixas.
Algumas das maiores administradoras de ativos do mundo, incluindo BlackRock, Franklin Templeton e Prudential Financial mostraram interesse em comprar a BB DTVM no ano passado, declarou uma fonte à Reuters. O BB pretende vender o controle de sua unidade e restringiu rivais brasileiros, pedindo aos interessados que tenham ao menos US$ 500 bilhões em ativos sob gestão.
Iguatemi (IGTA3)
O Iguatemi declarou que as vendas em lojas de seus shopping centers somaram R$ 3,6 bilhões no quarto trimestre de 2020, uma queda de 14,4% comparado com o mesmo período em 2019, refletindo os efeitos do coronavírus. Segundo a administradora, ainda há operações com restrições de 30% a 60% em suas capacidades de funcionamento, como os segmentos de alimentação, entretenimento e serviços.
Ainda assim, com a melhora gradual das vendas, diante da flexibilização das medidas de isolamento social, o Iguatemi disse que seguiu retirando descontos, chegando a uma cobrança líquida de 97,6% no quarto trimestre ante 66,5% no período de julho a setembro do ano passado. (Com Reuters)
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