O Ibovespa fechou em queda de 2,90% hoje (17), a 99.824 pontos, puxado pela forte desvalorização das empresas de petróleo, após os preços da commodity recuarem quase 5% nas negociações do dia. No cenário mundial, o temor de uma possível recessão continua assustando os investidores.
A movimentação negativa do petróleo foi impulsionada pela queda nos contratos futuros de gasolina dos Estados Unidos, após os aumentos das taxas de juros dos principais bancos centrais alimentarem as preocupações com uma forte desaceleração econômica.
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Assim, os papéis da 3R Petroleum (RRRP3), PetroRio (PRIO3) e Petrobras (PETR3 e PETR4) recuaram 9,51%, 8,79%, 7,25% e 6,09%. As ações da estatal ainda sofreram com o anúncio de reajuste nos preços dos combustíveis, que adicionaram preocupações entre agentes financeiros sobre interferência política na estatal.
As mineradoras, siderúrgicas e metalúrgicas também não tiveram um dia positivo na Bolsa. Com a queda de 5,9% do minério de ferro, ativos como Gerdau Metalúrgica (GOAU4), Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3) perderam 8,51%, 7,89%, 6% e 5,13%. Os papéis da Vale (VALE3) também desvalorizaram 5,22% hoje.
Do lado positivo do índice, as ações da CVC (CVCB3) se destacaram com alta de 11,19%, após a companhia ter anunciado uma oferta primária de ações no início da semana. Qualicorp (QUAL3) e Hapvida (HAPV3) também se valorizaram no pregão, subindo 4,56% e 6,15%.
Nos Estados Unidos, as autoridades do Federal Reserve (banco central norte-americano) começaram a delinear publicamente suas visões sobre as perspectivas para a taxa de juros e a economia dos EUA, dois dias depois que o Fed aprovou seu maior aumento da taxa de juros desde 1994.
O banco afirmou que não deixará nada atrapalhar sua batalha para derrubar a inflação que está punindo as famílias do país.
Por lá, os principais índices de Wall Street fecharam sem direção definida após a forte liquidação de ontem (16). O Dow Jones perdeu 0,13% a 29.888 pontos; o S&P 500 avançou 0,21%, a 3.674 pontos; e o Nasdaq cresceu 1,43% a 10.798 pontos
Na Europa, a inflação anual subiu para um recorde de 8,1% em maio, aumentando a tensão mundial.
A aversão ao risco também levou o dólar a subir 2,32% nas negociações do dia, fechando cotado a R$ 5,1432. A moeda avançou 3,14% no acumulado da semana. (Com Reuters)
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