Em 1893, Jacques Tschumi, membro da associação de hotéis da Suíça e então diretor do Beau-Rivage Palace, reuniu 27 estudantes no Hôtel d’Angleterre, em Genebra, para debater a profissionalização da administração de propriedades. Era o início das atividades da École Hôtelière, desde 1903 sediada em Lausanne e há décadas referência máxima no ensino de hotelaria.
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Nesses 125 anos de funcionamento, celebrados em outubro de 2018, já passaram por ela mais de 30 mil alunos. Atualmente os programas são oferecidos em cinco níveis: bacharelado em administração e hotelaria, master (ou doutorado) em negócios globais de hotelaria, MBA em hotelaria, MBA em administração e hotelaria e, por fim, master em artes culinárias. Além dos programas mais extensos, que duram em média 16 meses, também há cursos intensivos de verão e programas livres.
Com o mercado de turismo efervescente e uma demanda cada vez maior por profissionais altamente qualificados, a EHL mostra que não parou no tempo. Até 2020 está prevista a entrega da expansão do campus de Lausanne, na qual serão investidos cerca de 226 milhões de francos suíços (R$ 845 milhões). O campus dobrará de tamanho e será voltado aos “alunos do futuro” – uma das características das novas instalações é “envolver” as novas gerações (385 estudantes de arquitetura e paisagismo participaram das pesquisas no processo de elaboração do projeto).
Desde 2009 também funciona dentro das dependências da universidade uma incubadora voltada ao mercado hoteleiro, batizada de Innopole. Por lá já passaram startups como a Socialease, um assistente digital para ajudar hotéis e restaurantes na administração de suas redes sociais e sua reputação em plataformas online, e a Safe Mountain, focada na educação de praticantes de esportes na neve com o objetivo de alertar e prevenir os riscos nas montanhas.
No último trimestre de 2018, a EHL assinou contrato com a cidade de Lausanne comprometendo-se a reabilitar o bairro de Chalet-à-Gobet e criar o primeiro hub de inovação no ramo da hotelaria da Europa. No local funcionará um centro de pesquisas acadêmicas, uma nova incubadora e também um restaurante aberto ao público.
A gastronomia, aliás, é levada a sério na instituição. Todos os estudantes podem frequentar a “praça de alimentação”, onde todos os dias são oferecidos sete tipos de culinárias diferentes. A boutique EHL, com produtos feitos pelos estudantes, comercializa sobremesas, pães, bolos e chocolates. A estrela é o Le Berceau des Sens, o restaurante gourmet aberto ao público onde os estudantes mostram sua expertise – a propriedade acumula 16 dos 20 pontos máximos do guia Gault & Millau e serve pratos com sotaque francês.
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Para ajudar na colocação de seus alunos, a EHL mantém parcerias com empregadores de peso, como a rede Four Seasons, LVMH, Tesla e Nestlé. É o “padrão suíço” conquistando o mundo.
Reportagem publicada na edição 65, lançada em fevereiro de 2019
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