O dólar subia ante o real no pregão de hoje (23) acompanhando o exterior, onde há cautela por preocupações renovadas quanto à disputa comercial entre Estados Unidos e China, e tendo o cenário doméstico como pano de fundo.
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Às 10:29, o dólar avançava 0,59%, a R$ 4,0640 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana encerrou com queda de 0,19%, a R$ 4,0402 na venda. O dólar futuro subia cerca de 0,5% neste pregão.
Na quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou o texto principal da Medida Provisória 870, que modifica a estrutura do governo federal e reduz o número de ministérios, mas o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a sessão sem concluir a votação após um acirramento das tensões.
A expectativa de Maia é de que a votação seja concluída nesta quinta-feira, com a análise dos destaques.
Em outra votação, a Câmara decidiu também que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ficará sob o Ministério da Economia, um revés para o governo, que queria o órgão na pasta da Justiça.
Ainda na quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou a admissibilidade da reforma tributária, que agora passará por análise de uma comissão especial.
Enquanto a votação de importantes matérias econômicas por parlamentares reforça a leitura de agentes financeiros de que o Congresso está comprometido em avançar a agenda econômica, tal movimento já vinha sendo precificado.
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“Mercado já precificou antecipadamente esse empenho do governo em destravar as pautas das MPs para conseguir votar a 870, então hoje estamos acompanhando bem o externo e o movimento das emergentes”, explicou Camila Abdelmalack, economista da CM Capital Markets.
Com isso, o real passa a olhar mais para o exterior, operando em linha com outras moedas emergentes, que são pressionadas por temores renovados quanto à disputa entre Estados Unidos e China.
O Ministério do Comércio chinês disse que, se os EUA quiserem continuar com as negociações, precisam “corrigir suas ações erradas”.
O BC realiza neste pregão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.
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