Resumo:
- Bilionário é o segundo homem mais rico do Brasil e o 35º do mundo com US$ 22,7 bilhões;
- Fortuna de Jorge Paulo Lemann tem origem no Banco Garantia e nas marcas controladas pela 3G Capital;
- Além de empresário, Lemann já foi esportista e, atualmente, apoia o desenvolvimento de novos talentos do tênis.
O bilionário Jorge Paulo Lemann é o segundo homem mais rico do Brasil e o 35º do mundo na edição 2019 do ranking de bilionários do mundo da Forbes, com um patrimônio estimado em US$ 22,7 bilhões. É de conhecimento público que sua riqueza vem de grupos como a Anheuser-Busch InBev, holding que controla a cervejaria Ambev, a Kraft Heinz, dona do ketchup Heinz, e o Restaurant Brands International, proprietário do Burger King. Além do sucesso conquistado em duas décadas à frente do Banco Garantia e com a fusão da Ambev com a Interbrew e a Anheuser-Busch, que deu origem à AB Inbev.
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Lemann também está – ou já esteve – no conselho de administração de várias outras companhias. Além disso, aos 79 anos, o carioca de ascendência suíça não é apenas um empresário de sucesso, mas acumula vitórias também em iniciativas nas áreas esportiva e educacional.
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iStock 1. Pescaria
Conheceu Sipicura, seu sócio, em 1973, durante uma atividade de pesca submarina. Lemann se impressionou com o fôlego e a pontaria do recém-conhecido e, por isso, convidou-o a trabalhar no Garantia.
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Divulgação 2. Entrada no grupo dos bilionários
A primeira vez que apareceu na lista da Forbes foi em 2004, quando atingiu um patrimônio de US$ 1,1 bilhão. Este foi o ano da fusão da Ambev com a cervejaria belga Interbrew, que resultou na criação da holding Inbev, responsável pela administração das marcas da nova companhia. Posteriormente, a Inbev adquiriu a Anheuser-Busch por US$ 52 bilhões. Lemann foi o homem mais rico do Brasil em 2013, ano em que o fundo 3G Capital, do qual é um dos acionistas ao lado de Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, adquiriu a Heinz por US$ 28 bilhões, em parceria com o fundo de investimento norte-americano Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffett, até 2018. Na edição seguinte (2019) foi ultrapassado por Joseph Safra e seus US$ 23,8 bilhões.
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Divulgação 3. Família com DNA empreendedor
A família de Lemann é proveniente da Suíça. Seu pai, que faleceu quando ele tinha apenas 14 anos, fundou a fábrica de laticínios Leco, abreviatura de Lemann & Company. A empresa foi vendida posteriormente para Hélio Moreira Salles, irmão de Walter Moreira Salles, fundador do Unibanco, e, em 1982, adquirida pela Vigor, quando já ostentava o título de segunda maior empresa de laticínios do estado de São Paulo. Atualmente, a Vigor pertence ao grupo JBS. A mãe do bilionário era brasileira, mas seus avós maternos eram suíços e estavam ligados à exportação de cacau no sul da Bahia.
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GettyImages 4. Um universitário rebelde
Na formatura do ensino médio, aos 17 anos, Lemann já era apontado como um futuro profissional bem-sucedido por colegas de classe na Escola Americana do Rio de Janeiro, onde estudou todo o ciclo básico. É formado em Economia pela Harvard (1961), onde inicialmente não foi um aluno exemplar. Durante uma revolta estudantil no campus da universidade norte-americana, jogou bombinhas no pátio do seu dormitório e foi pego pelo reitor. Foi suspenso por um ano, mas voltou antes do fim do prazo da suspensão e se formou em três ao invés dos quatro anos.
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iStock 5. Mais tênis, menos estágio
Lemann fez um rápido estágio no banco de investimentos Credit Suisse, em Genebra, que considerou enfadonho. “Não aprendi nada”, teria confidenciado certa vez. Durante sua estadia na Suíça, foi convidado a jogar um torneio de tênis e se ausentou do estágio por uma semana. Jogou e venceu o campeonato, o que o levou a abandonar o posto no banco suíço.
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iStock 6. Carreira no esporte
Foi jogador profissional de tênis e chegou ao topo do ranking mundial do esporte três vezes, na categoria veterano. Tornou-se cinco vezes campeão brasileiro e defendeu tanto o Brasil quanto a Suíça na Copa Davis. Também jogou em Wimbledon e Roland Garros, sede de dois dos quatro torneios mais importantes do esporte.
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GettyImages 7. Todo sucesso vem de um fracasso
Sua primeira empresa foi à falência. O bilionário detinha 2% do capital societário da Invesco, especializada na concessão de crédito que quebrou em 1966, quando ele tinha 27 anos.
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Divulgação 8. Pioneirismo no mercado de private equity
Fundou em 1993, com seus atuais sócios, o GP Investimentos, o primeiro fundo brasileiro de private equity, especializado na compra de empresas com dificuldades para vendê-las em seguida, após uma melhora na gestão operacional e financeira. Durante a gestão de Lemann e seus sócios, antes da venda de grande parte do fundo a antigos funcionários, o GP teve participação expressiva em empresas como Telemar, Gafisa e América Latina Logística.
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GettyImages 9. Warren Buffett
Já foi acionista da Gilette e da Procter&Gamble. Durante as reuniões do Conselho de Administração da marca de lâminas de barbear, conheceu Warren Buffett, que futuramente teria uma participação na 3G Capital.
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Divulgação 10. Humildade
Depois que o Banco Garantia adquiriu as Lojas Americanas, nos anos 1980, a varejista apresentou problemas de gestão que iam além dos conhecimentos de Lemann, Telles e Sucupira, que, até então, só acumulavam experiência no mercado financeiro. Diante da situação, os sócios escreveram mensagens para os principais varejistas do mundo. Uma das respostas obtida foi de Sam Walton, lendário fundador do Walmart, que convidou o trio para conhecer a sede da loja norte-americana em uma pequena cidade do Arkansas. Depois do evento, o brasileiro e o norte-americano tornaram-se amigos.
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Divulgação Americanas: recuperação judicial reduziu a oferta de empréstimos para todo o varejo
Também é acionista de outros fundos de investimentos que comandam empresas brasileiras tradicionais. Entre elas estão Lojas Americanas e Submarino. -
iStock 12. Startups na mira
O bilionário também se interessa por investimentos em inovação e novas empresas por meio da Inova Capital, fundo de investimento que potencializa startups e já investiu na brasileira Movile, que detém o aplicativo de entrega de comida em domicílio iFood, e na sorveteria Diletto.
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Divulgação 13. Hábitos simples
Quem acha que bilionários ostentam seu dinheiro comprando produtos caros e indo a lugares badalados, não conhece o empresário brasileiro. Lemann tem hábitos simples e não esbanja. Durante o expediente no escritório em São Paulo, veste camisa branca de manga curta, calça azul de sarja e sapatos de camurça. Antigamente, era comum vê-lo pedalando a caminho da padaria para comprar o pão do café da manhã dos filhos. Às vezes, caminha até o supermercado para comprar barrinhas de cereal. Tampouco frequenta eventos sociais e vai pouquíssimo a restaurantes.
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Divulgação 14. Alimentação balanceada
O bilionário garantiu, em uma entrevista, ter o mesmo peso de quando tinha 17 anos graças a uma dieta balanceada. No café da manhã, alimenta-se de frutas e bebe sucos. Durante o almoço e o jantar, privilegia legumes, cereais e carnes magras e bebe água mineral. A única tentação são as bisnaguinhas macias do tipo egg sponge, nas quais é viciado, mas sem exagero. Além disso, acorda às 5h30 e dorme antes das 22h.
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Reprodução 15. Em busca de futuros campeões
“Eu parei de jogar tênis profissional quando percebi que seria difícil estar entre os 10 melhores do mundo”, disse certa vez. Mesmo assim, pratica o esporte diariamente e estimula a prática da modalidade por meio do Instituto Tênis, fundado em 2002 e apoiado pela Fundação Lemann. O projeto acredita na disseminação do esporte pelo país e segue modelo pautado no mundo dos negócios, com metodologia baseada nos conceitos e princípios da meritocracia. O principal objetivo é desenvolver o tênis no Brasil e colocar atletas brasileiros no topo do ranking mundial. A ambição maior é ver um atleta nacional no primeiro lugar até 2031.
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Divulgação 16. Apreço pela filantropia
Lemann disse, em uma entrevista, que “não gosta de gastar muito dinheiro apenas para filantropia”. Além da Fundação Estudar, que administra juntamente com os seus sócios, criou em 2002 a Fundação Lemann, que promove a melhoria da rede pública de ensino e contribuiu para o incremento educacional de 900 mil alunos brasileiros. Além disso, as plataformas educacionais desenvolvidas e apoiadas pela fundação registraram 11 milhões de usuários únicos em 2015.
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iStock 17. Preocupação com o futuro do Brasil
Não é somente com o ensino básico que o bilionário se preocupa. Sua fundação também concede bolsas de pós-graduação a estudantes que tenham pesquisas relacionadas a algum grave problema social brasileiro. As oportunidades são para algumas das melhores universidades do mundo, como Harvard e Stanford.
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Reprodução 18. Filantropia e negócios
Ainda na área educacional, é um dos investidores do Gera Venture Capital, empresa de investimentos focada em educação. O fundo deu origem à holding Eleva Educação, que tem como objetivo a construção de uma rede de escolas de alta qualidade acadêmica, entre elas a Escola Eleva, no Rio de Janeiro, inaugurada no início de 2017, inspirada nas melhores instituições de ensino do mundo. O Gera também é proprietário de 77 unidades da escola de idiomas Cultura Inglesa no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
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Oliver Schram/GettyImages 19. Perdas por minuto
O ano passado não foi um período exatamente bom para Lemann. Entre 2018 e 2019 o empresário não só perdeu o posto de homem mais rico do Brasil para Joseph Safra, fundador do Banco Safra, como também viu sua fortuna diminuir assustadoramente. As perdas entre a lista dos bilionários da Forbes de 2018 e deste ano somam US$ 4,3 bilhões – ou cerca de US$ 9 mil perdidos por minuto.
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Rene Schmidt - EyeEm/GettyImages 20. Quem vê cara não vê conta bancária
Em meados dos anos 1980 o banqueiro costumava circular a bordo de um Passat. Certa vez, ao voltar de uma viagem, parou para abastecer na estrada e deparou-se com um assaltante no lugar do frentista. Após examinar o carro de Lemann, o ladrão mandou-o embora, dizendo que o empresário era uma “peixe pequeno”.
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Classen Rafael- EyeEm/GettyImages 21. “Sonho Grande”
“Sonho Grande”, livro que conta a empreitada de Jorge Paulo Lemann e seus sócios, teve o título inspirado em um dos lemas do empresário: “Sonhar grande dá o mesmo trabalho que sonhar pequeno”.
1. Pescaria
Conheceu Sipicura, seu sócio, em 1973, durante uma atividade de pesca submarina. Lemann se impressionou com o fôlego e a pontaria do recém-conhecido e, por isso, convidou-o a trabalhar no Garantia.
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