No primeiro pregão do mês de dezembro, o Ibovespa manteve a tendência de alta observada em novembro, ultrapassando os 128 mil pontos pela primeira vez desde meados de 2021. O índice encerrou o dia com um ganho de 0,67%, alcançando os 128.184,91 pontos. A valorização foi impulsionada pelas declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), indicando uma possível interrupção no aumento das taxas de juros nos Estados Unidos.
-
Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Em um discurso preparado para um evento na faculdade Spelman, o presidente do Fed mencionou que os riscos de apertar a política monetária excessivamente, desacelerando a economia mais do que o necessário, estão agora mais equilibrados em relação à possibilidade de não agir o suficiente para controlar a inflação.
“Tendo chegado tão longe tão rapidamente, o Comitê Federal de Mercado Aberto está avançando com cuidado, à medida que os riscos de apertar pouco ou muito estão se tornando mais equilibrados”, afirmou Powell.
Dados econômicos recentes dos Estados Unidos e discursos de algumas autoridades do Fed têm sustentado as expectativas de que o banco central norte-americano pode considerar cortes nas taxas de juros em 2024, possivelmente no primeiro semestre.
“O Ibovespa ensaiou um movimento de realização de lucros na primeira parte do pregão, mas assim que Powell começou seu discurso, o dólar, que estava em alta juntamente com a nossa curva de juros, inverteram para queda, e o indicador voltou a subir”, disse Andre Fernandes, head de renda variável da A7 Capital. “E, portanto hoje o movimento do mercado tem mais a ver com o cenário externo.”
No mercado acionário, a Braskem (BRKM5) foi destaque ao registrar uma queda de mais de 6% devido ao risco iminente de colapso de uma de suas minas em Maceió. A agência de classificação de risco Fitch afirmou que o colapso iminente pode pressionar a nota de crédito da empresa e impactar seu fluxo de caixa, ressaltando, no entanto, que as consequências desse incidente potencial ainda são incertas.
O dólar recuou abaixo dos 4,90 reais, fechando o dia cotado a 4,8813 reais na venda, com uma baixa de 0,69%. Na semana, a moeda acumulou uma queda de 0,36%.
DESTAQUES DO IBOVESPA
(pregão à vista)
Maiores Altas
MGLU3: +7,43% a R$ 2,17
CIEL3: +6,97% a R$ 4,30
SOMA3: +6,87% a R$ 6,38
EMBR3: +6,05% a R$ 22,80
PCAR3: +5,67% a R$ 3,54
Maiores Baixas
BRKM5: -6,17% a R$ 17,95
KLBN11: −5,85% a R$ 21,25
SUZB3: −3,59% a R$ 51,85
PRIO3: −3,07% a R$ 44,52
RRRP3: −1,97% a R$ 29,40
Exterior
As ações europeias ampliaram seus ganhos em relação a novembro nesta sexta-feira, impulsionadas por altas acentuadas nos papéis de mineradoras e com os rendimentos dos títulos da zona do euro continuando a cair devido às expectativas crescentes de cortes nas taxas de juros.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,99%, a 466,20 pontos, atingindo seu nível mais alto desde agosto, após um avanço mensal de 6,4% em novembro.
Em Wall Street, o dia foi positivo com S&P 500, Dow Jones e Nasdaq encerrando o pregão em alta de 0,59%, 0,82% e 0,55%, respectivamente.
(Com Reuters)
