Resumo:
- Com o governo dos Estados Unidos bloqueando os acordos comerciais da Huawei com empresas norte-americanas, os sistemas operacionais dos dispositivos são incertos;
- Android, do Google, e Windows, da Microsoft, podem ser substituídos por sistemas da empresa chinesa ou pelo Linux, no caso dos notebooks;
- As empresas já disseram que os aparelhos com os softwares continuarão funcionando e sendo atualizados.
Após o governo norte-americano banir a chinesa Huawei e o Google suspender negócios com a empresa, começam a surgir perguntas sobre o futuro dos dispositivos móveis, como do Mate 30 Pro. Poucas pessoas, no entanto, estão levantando a questão da Microsoft. Com a administração de Donald Trump adicionando a Huawei à sua “lista negra” – e dificultando os acordos da chinesa com fabricantes norte-americanas -, será que a empresa criada por Bill Gates seguirá os passos do Google? Ou resumindo em uma pergunta que afetará milhões de consumidores: qual é o futuro do Microsoft Windows em laptops da Huawei, como o MateBook X Pro?
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O que se sabe
Pouco foi oficialmente confirmado até o momento desta publicação, mas a resposta é complicada.
A “Bloomberg” descobriu que outros gigantes da tecnologia, como Intel, Qualcomm e Broadcom, vão cortar o fornecimento de componentes para a Huawei. Perder o acesso aos processadores da Intel afetará, obviamente, os futuros laptops da Huawei, mas que sistema operacional a empresa chinesa vai usar em seus dispositivos? E quanto ao Windows 10 que as pessoas têm atualmente em seus laptops Huawei?
A conta oficial do Android no Twitter esclareceu algumas dúvidas dos usuários de smartphones Huawei (e Honor). As atualizações de segurança e o acesso à loja e aos serviços do Google Play continuarão nos dispositivos já vendidos e nos que ainda estão em estoque. É uma suposição segura de que a Microsoft adotará a mesma postura. A licença do Windows 10 e as atualizações de serviço resultantes que foram pagas e seu sistema operacional não irão simplesmente parar de funcionar.
As complicações surgem quando começamos a falar sobre os futuros notebooks da Huawei.
O Linux pode ser uma opção?
Sabemos que a Huawei se preparou para essa situação. Mesmo desenvolvendo seus próprios sistemas operacionais alternativos para Android e Windows, o estágio desse desenvolvimento é desconhecido.
Uma alternativa ao Windows seria a distribuição de uma versão customizada do Linux. E não é exagero especular que a Huawei esteja desenvolvendo também seus próprios processadores.
Se a proibição do governo dos EUA sobre a Huawei se concretizar, a empresa não poderá mais obter licenças OEM (fabricante original de equipamento) diretamente da Microsoft. Então, é provável que uma distribuição Linux esteja pronta para uso nesses dispositivos, certo? Os defensores da FOSS e do Linux sonham com o dia em que um grande OEM não apenas pré-instale o Linux (como a Dell faz com o XPS 13 Developer Editions), mas também o promova intensamente. (Imagine por um momento uma distribuição personalizada de Linux com os software Deepin com os recursos e o marketing da Huawei…)
Eu considero esse cenário como uma possibilidade alternativa, mas não inevitável. Até onde eu sei, não há nada que impeça a Huawei de obter licenças do Windows de terceiros. Não importa a sua posição sobre o Linux e o código aberto, não dá para negar que a maioria das pessoas em todo o mundo prefere o Windows. Seria uma solução cara e complexa? Sim, e provavelmente aumentaria o preço desses dispositivos futuros. Mas não optar por ela pode prejudicar significativamente o apelo popular de laptops da marca.
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Então, novamente, a Huawei terá que lutar essa mesma batalha no que diz respeito aos smartphones, pois será forçada a introduzir seu sistema operacional personalizado em futuros dispositivos móveis. Mas, talvez, a gigante chinesa esteja preparada para travar essa guerra em ambas as frentes.
Eu suspeito que, até o final deste mês, declarações oficiais e esclarecimentos sobre a proibição da Huawei irão acabar com as especulações. Por enquanto, como fã do Linux, estou entusiasmado com a possibilidade. No entanto, eu não poderia ficar mais furioso com os efeitos paralisantes que essa proibição da Huawei terá sobre a indústria de tecnologia dos EUA, consumidores globais e desenvolvedores de aplicativos.
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