Pré-mercado: veremos o sétimo recorde consecutivo do Ibovespa?

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Bom dia! Estamos na quinta-feira, 28 de dezembro, último pregão de 2023

Cenários

O Ibovespa (IBOV) está superando todas as expectativas dos investidores em dezembro. Nesta quinta-feira (28) ocorre o último pregão de 2023. Se o índice fechar novamente em alta será o sétimo recorde consecutivo do índice, e o oitavo de dezembro. No último mês do ano, o principal indicador do mercado acionário iniciou um vigoroso movimento ascendente. A alta no acumulado de dezembro está em 5,4%. Em 12 meses, a valorização do índice é de 23,6%, transformando o mercado acionário em um dos investimentos mais rentáveis do ano.

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Como explicar isso? A resposta mais correta para o motivo da alta também é a menos informativa (e a mais óbvia): as ações subiram de preço porque havia mais compradores do que vendedores.

Por que isso ocorreu? Há algumas explicações possíveis. A primeira é devido à perspectiva de queda dos juros nos Estados Unidos ainda no segundo trimestre de 2024. A queda dos juros torna os investimentos em renda fixa menos atraentes e parte desse capital migra para alternativas mais rentáveis e arriscadas.

Podem ser ações nos Estados Unidos, ações nos países desenvolvidos, commodities e, marginalmente criptoativos e ações de países emergentes. E ainda que o dinheiro seja pouco em relação ao total, é o bastante para fazer os preços mudarem de nível. Boa parte da alta vem das ações da Vale (VALE3), empresa beneficiada pela perspectiva de alta das commodities.

A segunda explicação possível é a expectativa de juros menores aqui no Brasil. Algumas das maiores altas em dezembro vieram de bancos. Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) subiram mais de 8% no mês. No ano, Banco do Brasil (BBAS3) avançou 78%. Com juros mais baixos, os bancos conseguem emprestar mais e sofrem menos com a inadimplência, o que melhora seus resultados.

Perspectivas

O que esperar para 2024? No curtíssimo prazo, não se descarta a hipótese de uma realização de lucros nos primeiros dias do ano, com os investidores colocando algum dinheiro no bolso. Porém, é possível afirmar, com uma razoável dose de cautela, que o movimento geral das ações é positivo. Pelos mesmos motivos anteriores: juros em queda, que beneficiam a migração de recursos para a renda variável. Porém, esse movimento não será linear nem previsível. Ao contrário, qualquer perspectiva de atraso no afrouxamento da política monetária poderá provocar grandes solavancos nos preços.