Em ebulição, Lisboa tem vários restaurantes novos; veja 13 imperdíveis

Com uma cena gastronômica cada vez mais diversa, capital lusitana esbanja ótimas novidades para conhecer

Ann Abel
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O Maré, do premiado chef José Avillez, é uma das melhores novidades do mundo de restaurantes em Lisboa

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Lisboa está prosperando como nunca antes. E embora isso não exclua algumas desvantagens, um dos aspectos positivos é a crescente diversidade e melhoria na cena gastronômica.

Desde a última vez que escrevi uma lista dos melhores estabelecimentos da capital lusitana abriram diversos novos restaurantes comandados por chefs estrangeiros, uma filial de um restaurante chique de Londres e chefs portugueses (dos novos aos mais estabelecidos) servindo versões cada vez mais interessantes e sofisticadas de seus pratos tradicionais – ou outros que eles aperfeiçoaram durante suas extensas viagens.

Veja a seguir 13 boas novidades de restaurantes em Lisboa:

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    Ajitama Ramen Bistro

    Depois de iniciar como um clube de jantar privado anos atrás, o Ajitama ganhou um novo lar no final do ano passado. Por lá, o design deslumbrante – 267 peças sinuosas de madeira imitam as curvas e a fluidez do macarrão – combina com seu ramen de alta qualidade. A nova localização também dá aos proprietários António Carvalhão e João Azevedo Ferreira, que já viveram e trabalharam na China e no Japão, espaço para se comprometerem totalmente com a autenticidade de sua arte: fazer à mão seus macarrões, cozinhar seus caldos à base de carne ou vegetais por até 20 horas e adicionar novos petiscos no cardápio.

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    Boca Linda

    Lisboa está cheia de lugares que servem tacos, mas poucos têm a qualidade e autenticidade – tanto da comida quanto das margaritas potentes, mas saborosas – como o Boca Linda. O proprietário Alejandro (Alex) Gonzalez Duran chegou a Lisboa ao se casar com uma nativa e percebeu uma lacuna nos restaurantes mexicanos da cidade. Ele conseguiu reunir uma equipe de cozinheiros 100% mexicanos, com seu primo comandando a cozinha e as receitas da avó no cardápio: ceviche, aguachile, guacamole com chapulines (gafanhotos) e um prato excepcional de pescado bicolor.

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    Bougain

    Talvez seja o belo ambiente do jardim com buganvílias, ou talvez seja a comida descomplicada e saborosa, mas há uma razão pela qual esse recém-chegado em Cascais já construiu uma base fiel de fãs – alguns que já marcaram presença em 20 almoços nos dois primeiros meses de abertura. Esse é o projeto mais recente de Miguel Garcia, que também é dono do respeitado Café de São Bento, uma pequena fortaleza de hospitalidade na cidade antiga de Lisboa. A chef Diana Roque elaborou um menu de pratos clássicos como steak tartare preparado à mesa, enormes ostras frescas de Setúbal (eles pedem ao fornecedor as maiores que existem), salada Niçoise, sole meunière, arroz de camarão vermelho e entrecôte grelhado com molho Café Paris.

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    Brilhante

    A elegante brasserie do chef Luís Gaspar tem um glamour que combina com Londres ou Nova York. Pense em luminárias com franjas, banquetas de veludo vermelho e cadeiras de couro cravejadas ao redor do bar, que é o centro da sala. Suas 26 cadeiras são lugares excelentes para experimentar um dos mais de 50 uísques no menu do bar ou se acomodar para uma vista privilegiada na cozinha aberta. O menu do Brilhante tem um forte toque francês – foie gras torchon e oeufs en cocotte como entradas, sole meunière como prato principal, por exemplo – e eles não se esquivam da manteiga e do creme. O prato principal é o Bife Brilhante, inspirado no clássico Bife à Marrare que era servido nos famosos cafés de Lisboa no século 19.

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    Corrupio

    Quando me estabeleci em Lisboa, há quase sete anos, uma das coisas que senti falta de Nova York foi jantar no balcão do bar. Agora, felizmente, a cidade está cheia de lugares onde você pode se sentar no balcão com vista para os chefs trabalhando. Uma das melhores novas opções nessa categoria é o Corrupio, um lugar acolhedor do chef Daniel Ferreira (ex-Sublime Comporta, Plano e, o mais significativo, O Frade) em Cais de Sodré. Ele reuniu um coletivo de chefs – incluindo Rafael Pratas, Nélio Pedrosa e Lucas Azevedo – para trabalhar na cozinha aberta que está cercada pelo bar. O nome, Corrupio, refere-se a um estado de movimento constante. O cardápio é conciso: pratos como salada de polvo com purê de batata-doce roxa, salada de orelha de porco, porco preto, bacalhau e um arroz de coentro com limão servido com o peixe do dia.

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    Davvero

    O restaurante principal do hotel Sublime Lisboa, Davvero – cujo nome significa “o verdadeiro” em italiano – é, claro, configurado para atender aos hóspedes que não têm vontade de ir além do hotel. Mas foi projetado para ser um destino por si só. O chef nascido em Veneto, Isaac Kumi (que abriu restaurantes Cipriani em todo o mundo), prepara um menu italiano moderno despretensioso, desde os petiscos – como bacalhau batido sobre polenta preta crocante – até o tiramisu suntuoso que encerra a refeição. No meio, há entradas clássicas como alcachofras crocantes com molho de anchova, burrata com pesto e presunto San Daniele DOP. As massas incluem favoritos como cacio e pepe, espaguete com mexilhões, amêijoas, camarões e robalo e nhoque de beterraba com molho gorgonzola.

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    Gunpowder

    Graças às conexões de Portugal com o estado de Goa e suas comunidades de imigrantes, Lisboa tem sua parcela de boa comida indiana. O que estava faltando era um restaurante indiano de alta qualidade. Isso mudou com a chegada do Gunpowder no final de 2022. A marca foi fundada em Londres em 2015 pelo chef Harneet Baweja e em dois anos recebeu a designação Michelin Bib Gourmand – dos melhores custos benefícios. Após mais duas aberturas bem-sucedidas na Inglaterra, eles se expandiram para a capital portuguesa. A mudança faz sentido porque o foco do Gunpowder é a culinária costeira indiana, com influências de Mumbai, Goa e vilarejos intermediários. É uma combinação perfeita para a riqueza de peixes e frutos do mar de Portugal.

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    Las dos Manos

    O mais recente projeto do chef estrela Kiko Martins, Las Dos Manos, é uma combinação das culinárias mexicana e japonesa – para ilustrar essa mistura, um mural de Frida Kahlo de frente para uma gueixa estilizada recebe os comensais no salão. Martins fez uma dúzia de viagens a diferentes regiões do México, estudando tradições culinárias e aprendendo a fazer tudo, desde tortillas até aguachile. Depois de aprender o básico, ele começou a se divertir e inventar: a seção de tacos do cardápio inclui um com tempura de camarão-tigre negro, panko, salsa crioula e maracujá, e há uma tostada com pargo. Ingredientes portugueses, como camarões escarlates e carne de porco preto, também aparecem.

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    Lota da Esquina

    O mais recente empreendimento do prolífico chef Vitor Sobral destaca peixes frescos perto dos cais dos pescadores em Cascais – a palavra “lota”, inclusive, refere-se a um leilão de peixes. O espaço é enorme, com foco em peixes e frutos do mar recém-pescados e preparados de forma simples no térreo, e um elegante salão de jantar no andar de cima, onde são servidas carnes e vegetais grelhados na brasa. Conforme a noite avança, DJs ou músicos chegam e a pista de dança ganha vida.

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    Lota d’Avila

    A Lota d’Avila já era boa quando abriu no final de 2022 e ficou ainda melhor quando o chef Hugo Candeias (do famoso Ofício) assumiu a cozinha no meio deste ano. A sala da frente gira em torno de um bar de aço inoxidável iluminado, onde peixes e frutos do mar são exibidos no gelo. Um corredor é decorado como um iate e, nos fundos, estão o salão de jantar principal e o terraço coberto que parecem mais um clube de praia do que um restaurante no centro da cidade. O barman prepara alguns dos melhores Moscow Mules de Lisboa, e a cozinha oferece uma boa variedade de pratos de frutos do mar e peixes crus e cozidos – incluindo um gaspacho de abacate com cavala curada. Versões refinadas de clássicos portugueses também aparecem, como caranguejo recheado e amêijoas com molho à bulhão pato (limão, alho e coentro) em vez de grandes pedaços de alho.

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    Maré

    O mais recente projeto do chef José Avillez – cujo Belcanto foi nomeado como o 25º melhor restaurante do mundo de 2023 – é uma declaração de amor ao oceano. O Maré está situado à beira da água em Guincho, com um design interior inspirado no oceano, um terraço sombreado e vistas deslumbrantes. O cardápio é direto, mas super bem executado, começando por um bar de frutos do mar e algumas das assinaturas de Avillez, como o atum cru em cones de alga. Depois disso, há alguns pratos de carne e vegetarianos, mas o grande evento são os peixes frescos grelhados na brasa e polvo, lulas e camarões vermelhos escarlates super macios.

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    Sea Me Next Door

    O Sea Me foi um pioneiro em servir frutos do mar super frescos (muitas vezes crus) em um ambiente sofisticado, com lugares no balcão em frente aos chefs que finalizam os pratos. Em sua nova filial mais casual na mesma rua em Chiado, o foco está em pequenas mordidas que você pode comer com as mãos. O chef Elísio Bernardes mantém alguns dos clássicos do Sea Me, como o nigiri de sardinha assada, sanduíches de carne e o “hot dog” de polvo. Também há ostras frescas de todas as principais regiões de cultivo de Portugal (dependendo da estação), waffles com atum, línguas de bacalhau com homus de coentro e “bombons” de sépias.

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    Vinte & Cinco

    “Cozinha de liberdade” é um conceito adequado para o Vinte & Cinco, o novo empreendimento gastronômico dos chefs Vitor Hugo e Theo Bruno. Ele fica no primeiro andar da Associação de 25 de Abril, um museu e arquivo dedicado à revolução de 1974 que pôs fim a uma longa ditadura em Portugal. No que diz respeito à comida, o conceito é liberdade em relação às restrições das refeições tradicionais de entrada-prato principal-sobremesa. Os pratos compartilháveis apresentam alguns ingredientes portugueses familiares, mas sempre com um toque especial. Sardinhas marinadas vêm com capim-limão, “gazpacho picado” e tapenade de azeitona verde. O polvo é caramelizado com mel e servido com chipotle, purê de feijão com verbena de limão e salada de repolho com molho de peixe.

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Ajitama Ramen Bistro

Depois de iniciar como um clube de jantar privado anos atrás, o Ajitama ganhou um novo lar no final do ano passado. Por lá, o design deslumbrante – 267 peças sinuosas de madeira imitam as curvas e a fluidez do macarrão – combina com seu ramen de alta qualidade. A nova localização também dá aos proprietários António Carvalhão e João Azevedo Ferreira, que já viveram e trabalharam na China e no Japão, espaço para se comprometerem totalmente com a autenticidade de sua arte: fazer à mão seus macarrões, cozinhar seus caldos à base de carne ou vegetais por até 20 horas e adicionar novos petiscos no cardápio.

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